Operação que desmontou quadrilha que traficava brasileiros para os EUA descobriu que imigrante de Tarumirim foi assassinado na fronteira

Na quarta-feira, dia 2, a Polícia Federal do Brasil deflagrou a “Operação Lei do Retorno”, que tem como objetivo investigar a atuação de uma organização criminosa na região de Caratinga, no estado de Minas Gerais. De acordo com as informações, o alvo investigado obteve vantagens econômicas para promover a entrada ilegal de brasileiros nos Estados Unidos.

“As pessoas passavam por momentos perigosos e situações degradantes”, disse um comunicado emitido pela PF sobre o caso.

A operação cumpriu três mandados de busca e apreensão nos municípios de Caratinga e Tarumirim, na região do Rio Doce. De acordo com as informações, o grupo cobrava entre U$ 15 mil a U$ 18 mil dos interessados em entrar nos EUA ficando responsável por toda a logística da viagem.

As investigações revelaram que os brasileiros que se sujeitavam à viagem permaneciam na fronteira do México com os EUA em condições degradantes, alojados juntamente com outros imigrantes de diversas nacionalidades, aguardando o momento mais propício para realizar a travessia.

A PF revelou que uma das travessias, um dos brasileiros, que residia na cidade de Tarumirim, foi preso em agosto por agentes do Departamento de Proteção de Fronteira (CBP, sigla em inglês) quando tentava entrar ilegalmente nos EUA. Ele foi enviado de volta para o México e, 11 dias depois, foi encontrado morto em área da fronteira entre El Paso (México) e Texas.

As autoridades acreditam que ele foi assassinado e que o crime tenha em decorrência da impossibilidade de arcar com dívidas assumidas junto aos “coiotes” mexicanos, que atuam em parceria com os agenciadores da região de Caratinga.

O nome da vítima não foi revelado. Também não foi divulgado os nomes dos envolvidos no esquema, mas fontes afirmam que entre os suspeitos estão políticos, inclusive um prefeito eleito nas últimas eleições.

De acordo com informações, a parceria entre a Polícia Federal e a CBP foi fundamental para a obtenção de informações que permitiram o início dos trabalhos investigativos. Os esforços em conjunto contaram com a participação da Polícia Federal, Ministério das Relações Exteriores, Departamento de Segurança Interna (DHS, sigla em inglês), Departamento de Estado dos EUA e a CBP. 

Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa e de promover, com o fim de obter vantagem econômica, a entrada ilegal de brasileiros em outro país, cujas penas somadas podem chegar a mais de nove anos de reclusão, se condenados. Brazilian Times

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