Operação de fiscalização no Alto Jequitinhonha coíbe irregularidades na cadeia do carvão vegetal

FOTO: Divulgação

Até o momento, foram emitidos 20 autos de infração, totalizando R$ 1.367.404,57 em multas ambientais

No combate ao desmatamento ilegal em Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) realizou, entre os dias 24 e 27 de julho, a operação especial extraordinária denominada “Richmond” nos municípios de Carbonita, Itamarandiba, Capelinha, Veredinha e Minas Novas, no Alto Jequitinhonha. 

A operação foi planejada pela Semad, com apoio da Polícia Militar de Meio Ambiente, Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais (Nucrim) e Ministério Público do Estado de Minas Gerais. 

Foram fiscalizados 32 alvos, entre eles 151 fornos de carvão. Nesses locais, as equipes identificaram a supressão irregular de vegetação em uma área de 11,57 hectares. 

As medidas administrativas estão em andamento. Até o momento, foram emitidos 20 autos de infração, totalizando R$ 1.367.404,57 em multas ambientais. Foram apreendidos dois caminhões utilizados no transporte de carvão, 251 metros de carvão e 185 metros cúbicos de lenha de origem nativa. 

“Uma das principais destinações do material lenhoso proveniente da supressão ilegal de florestas nativas é a transformação em carvão vegetal para geração de energia, principalmente em indústrias do setor de siderurgia. Desta forma, a fiscalização da cadeia produtiva do carvão vegetal se configura como importante estratégia de combate ao desmatamento ilegal”, destaca a diretora de Estratégia em Fiscalização Ambiental da Semad, Marina Fernandes Dias. 

Irregularidades

Foram detectadas sete ocorrências relacionadas ao ato de adquirir, escoar, receber, transportar, armazenar, utilizar, comercializar, consumir ou beneficiar carvão vegetal de floresta plantada, sem observar os requisitos previstos nas normas legais vigentes. 

Outras seis ocorrências constatadas estão ligadas a atividades de exploração, utilização, transformação, consumo, industrialização ou comércio de produto ou subproduto da flora nativa ou plantada, sem o respectivo cadastro ou registro no órgão ambiental. 

Por fim, os fiscais ainda detectaram quatro ocorrências relacionadas ao ato de transportar, adquirir, receber, armazenar, comercializar, utilizar, consumir, beneficiar ou industrializar produtos ou subprodutos da flora nativa sem documentos de controle ambiental obrigatórios. 

Operação Richmond 

O nome dado à operação remete ao nome da cidade nos Estados Unidos, onde foi aberta a primeira mina comercial de carvão na América, em 1745. 

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