Quando se trata de Cazuza é difícil dizer qual foi a canção mais bela ou marcante. Afinal, todas são. O poeta, infelizmente, nos deixou em 7 de julho de 1990, mas seu legado continua vivo como nunca.
Em tempos de polarização política, suas canções nunca fizeram tanto sentido, como na última década, vinte anos após seu falecimento. A canção: “O tempo não para”, gravada originalmente em parceria com a banda Hanoi-Hanoi, retrata bem o sentimento de revolta que nosso querido Agenor de Miranda Araújo Neto (Cazuza) já vivia em 1988, quando lançou o álbum que leva o mesmo nome da música.
Ele consegue literalmente disparar sua “metralhadora cheia de mágoas” na letra da canção, uma das primeiras que ele gravou em sua carreira solo.
E como mencionado na música: “Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades…”, infelizmente, a vida continua, às vezes avançando, outras retrocedendo.
A canção acabou dando nome ao filme biográfico de Cazuza, em 2004, no qual ele foi interpretado pelo ator mineiro Daniel de Oliveira.