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O dia em que o ‘rei do futebol’ entrou em campo pelas vítimas da enchente

FOTO: Arquivo

Pelé, que nos deixou no dia 29 de dezembro de 2022, entrou em campo com a camisa do Flamengo em amistoso contra o Galo pelas vítimas da enchente de 1979

O ano era 1979. Ano da pior enchente da história de Governador Valadares. Quem viveu essa época se lembra do estrago que foi. Locais aonde a água não chega atualmente ficaram totalmente submersos na Ilha dos Araújos. Carros foram levados pela enxurrada e arrastados centenas de quilômetros pelo rio Doce. Histórias foram levadas pela água, que deixou marcas na cidade e na população não só de Valadares, mas de Minas Gerais. Naquele ano, 246 pessoas morreram em decorrência das chuvas no Estado.

No meio de todo o desastre, a solidariedade entrou em campo. Portanto para ajudar as vítimas da enchente na cidade e em toda a região afetada, o rei entrou em campo vestindo pela primeira vez a camisa de um clube brasileiro que não era o Santos. Sim! Pelé aceitou jogar com a camisa do Flamengo, ao lado de Zico, em um amistoso contra o Atlético Mineiro. A renda do jogo foi destinada para a compra de alimentos, itens de higiene e colchões para os afetados pela cheia do rio Doce em Minas.

Camisa 10

Convidado de honra da partida, Pelé entrou em campo com a camisa 10, que era usada por Zico. Enquanto naquele 6 de abril de 1979, Zico vestiu a 9. O jogo aconteceu um ano e meio após Pelé ter se aposentado e teve a presença de 139.953 torcedores pagantes, no Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ).

O Galo saiu na frente, abrindo o placar com Marcelo Oliveira, lenda do time mineiro. Mas o Flamengo empatou com Zico cobrando pênalti. O flamenguista até entregou a bola para Pelé bater, já que a torcida gritava seu nome. O rei, no entanto, deixou a cobrança com o ídolo rubro-negro.

Contudo no segundo tempo, Pelé foi substituído por Luisinho das Arábias. Daí, o entrosamento era outro. Com isso, o time carioca marcou mais quatro gols. Zico balançou a rede mais duas vezes, e os demais foram de Luisinho e Cláudio Adão. Final do confronto, Flamengo 5×1 Atlético-MG.

Mas o resultado pouco importava. Aliás o que valia mesmo era o espírito solidário proporcionado pelo futebol, que, em apenas um jogo, conseguiu arrecadar mais de 8 milhões de ‘cruzeiros’, moeda usada no Brasil naquele tempo.

FICHA TÉCNICA

Flamengo 5×1 Atlético-MG

Data: 6 de abril de 1979

Local: Maracanã

Público: 139.953 pagantes

Renda: CR$ 8.781.290,00

Árbitro: Walquir Pimentel

Auxiliares: José Carlos Moura e Roberto Coelho

Gols: Marcelo (21 do primeiro tempo), Zico (35, 10 e 14 do segundo tempo), Luisinho (28) e Cláudio Adão (39)

Flamengo: Cantarelli, Toninho, Rondinelli (Nelson), Manguito e Júnior; Andrade, Carpeggiani (Ramirez) e Pelé (Luisinho); Tita, Zico (Cláudio Adão) e Júlio César (Reinaldo). Técnico: Cláudio Coutinho

Atlético-MG: João Leite, Alves, Osmar, Luisinho e Hilton Bruniz; Toninho Cerezo, Marcelo (Carlinhos) e Paulo Isidoro; Serginho (Pedrinho), Dario e Ziza (Vilmar). Técnico: Procópio Cardoso

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