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‘Não pode ficar solto’, diz grupo feminista no julgamento de Robinho

FOTO: Ricardo Saibun

ADRIANO WILKSON

BRASÍLIA, DF (UOL/FOLHAPRESS) – Feministas da União Brasileira de Mulheres (UBM) compareceram ao julgamento de Robinho no STJ nesta quarta-feira (20) e se posicionaram a favor do cumprimento da pena do ex-jogador em solo brasileiro.
“Hoje eu vim atrás de justiça para as mulheres do Brasil e do mundo. Um estuprador não pode ficar solto em nenhum lugar do mundo. É perigo para as mulheres”, disse Vanja Andréa, presidente da UBM.

Em entrevista ao UOL em 2020, Robinho fez críticas às mulheres feministas. “Infelizmente existe esse movimento feminista. Muitas mulheres às vezes não são nem mulheres, para falar o português claro”, disse enquanto ainda aguardava o julgamento em segunda instância na Justiça da Itália.

O julgamento de Robinho no STJ acontece para o cumprimento da pena no Brasil. Ele foi condenado a nove anos de prisão em todas as instâncias na Itália por um estupro cometido em 2013 contra uma mulher albanesa.

Por estar no Brasil, Robinho nunca foi preso. O país não extradita seus cidadãos para o cumprimento de penas no exterior.
A Justiça italiana fez um pedido para que Robinho cumpra a pena em solo brasileiro. O que o STJ julga hoje é justamente a homologação ou não do pedido italiano.

A sessão do STJ tem sido acompanhada de maneira virtual por Cida Gonçalves, ministra das Mulheres.
Em caso de homologação, o ex-jogador não terá prisão imediata decretada. Ele pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O julgamento, inclusive, pode não terminar hoje. Há a possibilidade de pedido de vista, situação em que o julgamento é suspenso e retomado em outra data. O prazo é de até 60 dias corridos, que pode ser prorrogado por mais 30.

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