Mulher é encontrada morta próximo à BR-116; testemunha se torna o principal suspeito

FOTO: Fred Seixas

GOVERNADOR VALADARES – Uma mulher foi encontrada morta às margens da BR-116, no bairro Vila Bretas. O caso foi na manhã dessa terça-feira (21). O corpo de Carla Suze Passos Lopes, de 57 anos, estava seminu e com marcas de pedradas na região facial. A vítima possuía problemas mentais e não tinha passagens pela polícia.

De acordo com a Polícia Militar, uma possível testemunha contou que o namorado da vítima seria o possível autor do crime. Diante da informação, a polícia localizou o suspeito e o encaminhou para a delegacia juntamente com a testemunha.

Novos fatos

Mas na delegacia, um investigador da Polícia Civil notou que a testemunha tentava limpar as marcas de sangue de uma jaqueta. Posteriormente, com autorização, a equipe foi até a casa da testemunha, no bairro São Paulo. No local havia um par de botas e uma calça com manchas de sangue.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, a suposta testemunha alegou que as manchas eram de um ferimento que conseguiu ao tentar separar uma briga entre cachorros.

Jaqueta com marcas de sangue utilizada pela até então ‘testemunha’ na delegacia – FOTO: Comando Geral

Imagens mostram o momento da agressão, segundo PC

Contudo os investigadores localizaram imagens de um circuito interno de segurança próximo ao local onde o crime ocorreu. Na gravação, é possível localizar a testemunha caminhando com a vítima pela via e, em seguida, cometendo cruelmente a agressão.

Com as evidências das imagens, o homem, até então testemunha, confessou o crime aos investigadores e foi preso em flagrante. Já o namorado da vítima, apontado como principal suspeito, passou a ser uma testemunha do caso.

Investigação inicial da Polícia Civil

Em coletiva de imprensa concedida na tarde desta quarta-feira (22), o delegado da Polícia Civil Cleriston Amorim comentou que ainda não é possível afirmar a motivação para o crime. A vítima e o suspeito, a princípio, não se conheciam.

“Depois que nós descobrimos que de fato ele era o autor, ele não explicou o motivo do crime. Na realidade, quando ele percebeu que tinha sido pego de fato, ele não quis falar mais sobre a dinâmica criminosa. Ele estava falando até, então, porque ele acreditava e ele não sabia que nós já tínhamos iniciado o sentido de desmentir a versão dele. Mas quando ele foi confrontado com a realidade, quando foi mostrado a ele a filmagem que mostra ele agredindo a vítima, ele ficou em silêncio. Então se há motivação real, a gente não sabe, a gente pode interpretar isso aqui, mas nós não sabemos. Isso vai ser objeto das futuras investigações”, explica o delegado.

Ainda de acordo com as investigações, o suspeito possui diversas passagens pela polícia.

Inspetor dá mais detalhes sobre o crime

De acordo com Mardio Dutra, inspetor da PC, o suspeito tentou criar um álibi para incriminar o suposto companheiro da vítima. Entretanto as imagens mostram o momento em que ele caminha com Carla para o local do crime. “Nas imagens, dá pra identificar exatamente o que aconteceu. Não existiu uma terceira pessoa. Existia somente a vítima. Ele coagindo ela a todo o momento, agredindo ela e chutando ela no decorrer da BR, sendo extremamente violento. Em determinado momento, ele leva ela para a beirada da BR e ela nunca mais volta. Ele retorna e, nesse momento, é possível ver ele com a jaqueta. De posse dessas imagens, ele foi contestado e fala ‘sou eu’, mas não tinha visto as imagens inteiras. Quando o escrivão volta as imagens, ele fica em silêncio”.

O caso seguirá em investigação. Ainda não é possível constatar se houve crime sexual.

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