[the_ad id="288653"]

Minas Gerais tem potencial para expandir a produção de biogás e biometano, diz presidente da FIEMG

ESCRITO POR FIEMG

O potencial, as tecnologias e as oportunidades de investimentos e os desafios para a alavancar a produção de biogás e biometano em Minas Gerais. Importantes para a economia e o meio ambiente, esses temas foram amplamente debatidos por especialistas, empresários e representantes do poder público em um workshop realizado na sede da FIEMG, em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), na semana passada, em Belo Horizonte.

Flávio Roscoe, presidente da FIEMG, acredita que o Estado tem um potencial para expandir a produção desse tipo de energia renovável. Nesse sentido, a Federação, em conjunto com o governo estadual, FAEMG, associações e iniciativa privada, compõe um grupo de trabalho para fomentar o biogás e biometano em MG e a economia circular.

A atuação conjunta está debruçada sobre questões de regulação, tributação, financiamento, distribuição, entre outros pontos. “Nós podemos transformar Minas Gerais em uma grande usina de energia, mas não somente eólica, não somente solar, mas a partir também do biogás, tendo a sua base na agricultura, utilizando produtos e rejeitos que seriam descartados. Há uma oportunidade sinérgica entre indústria e campo para geração de energia e oportunidades”. O Estado conta 225 plantas em operação para produção de biogás e biometano.

Na mesma direção, o presidente da Faemg, Antônio de Salvo, enalteceu a parceria com a FIEMG na realização do evento e as possibilidades de o estado diversificar a sua matriz energética a partir de materiais orgânicos e resíduos inutilizados no campo e na indústria. “É importante a interação entre diferentes setores da economia mineira. Entendemos que precisamos avançar, mostrando efetivamente o que estamos produzimos e o que podemos produzir”. Opinião semelhante sobre o assunto tem o gerente Executivo Técnico do Sistema Faemg, Bruno Rocha de Melo, que vê também no estado grandes possibilidade de investimento e de produção de energia limpa. “Temos um potencial muito grande para ser trabalhado conjuntamente com a indústria e o setor produtivo agropecuário. É uma possibilidade de ganho para ambos os lados, incluindo nesse contexto o meio ambiente”.

Estado como fonte energética

A curto prazo, Minas Gerais pode produzir 1,1 bilhão de Nm³ (metro cúbico) de biogás e biometano ao ano. A estimativa é do Instituto 17, que analisa o tema no país, e foi apresentada no workshop pela especialista em Sustentabilidade e Aproveitamento Energético de Resíduos da entidade, Leidiane Mariani. De acordo com ela, esse volume tem origem em três fontes: indústria, com 73% do total, a pecuária, 12%, e o saneamento, 14%.

Para a especialista, o estado e o país precisam avançar na implementação de políticas públicas de incentivo à produção de biogás e biometano, envolvendo os setores público e privado. “É um tipo de energia limpa e renovável, com versatilidade de produção, de uso, e desvinculada do dólar e do petróleo”, detalhou.

Iniciativa privada

O setor produtivo tem um papel preponderante na expansão do biogás e biometano no estado, segundo a gerente de Energia da FIEMG, Tânia Santos, que considera o segmento demandante de energia limpa e fornecedor de insumo.

Por outro lado, a especialista vê como fundamental o investimento em mão de obra para o crescimento sustentável do setor e o desenvolvimento regional. “As empresas que participaram COP26 assumiram metas de redução de carbono e um dos compromissos é a substituição da matriz energética. Biometano é um gás verde que tem um mercado muito amplo, com possibilidade de investimento”.

O engenheiro de projetos da (Re) Energisa, Frederico Botelho, entende também que o setor privado tem posição de destaque na expansão do setor em Minas, sobretudo no investimento em tecnologias e soluções para a descarbonização da indústria. “A parceria com a FIEMG e outras entidades é muito importante para apresentar projetos, envolvendo os setores públicos e privados, e definir marcos regulatórios e licenças ambientais, visando fomentar o mercado”.

Cases de sucesso

A produção de biogás com a utilização de lixo depositado em aterros sanitários foi abordada no workshop pelo diretor da ASJA Brasil, Rickard Schafer. O gestor falou das possibilidades desse sistema, com incentivo à economia circular. “Esse evento mostrou para a indústria que o estado tem um grande potencial para produzir biogás e biometano”.

Aliás, a economia circular, com aproveitamento de dejetos orgânicos, tem sido adotada na agropecuária, apresentando resultados positivos de eficiência e produção energética. Foi o que expuseram o superintendente de planejamento em engenharia no Grupo A.R.G, Frederico Campos, e diretora da Agroger, Juliana Lemos. Ambas as empresas biodigestores na geração de biogás.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

[the_ad_placement id="home-abaixo-da-linha-2"]

LEIA TAMBÉM