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Mestrado da Univale participa de seminário na Capes sobre acolhimento a professores refugiados

FOTO: Divulgação Univale

Representantes do mestrado em Gestão Integrada do Território (GIT) da Univale participaram nesta segunda-feira (15), em Brasília, do seminário de abertura do Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG) Emergencial de Solidariedade Acadêmica, voltado ao acolhimento de professores e pesquisadores refugiados, que contribuirão para o desenvolvimento da pós-graduação brasileira. O seminário é uma realização da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), ligada ao Ministério da Educação.

O programa de Solidariedade Acadêmica dispõe de R$ 14,4 milhões para investir em bolsas de estudo para professores refugiados, e há instituições brasileiras que já lançaram editais para contratação de docentes nessa situação. Coordenador do GIT, o professor Haruf Salmen Espíndola espera que a Univale possa se engajar no programa, até mesmo recebendo algum professor estrangeiro que viva no Brasil na condição de refugiado. Ele lembra que o GIT estuda fluxos migratórios de pessoas da região que se mudam para países como Estados Unidos e Portugal, mas também cidadãos de países como Venezuela, China, Líbano e Síria que se instalaram em Governador Valadares ao longo de décadas.

“Todas essas questões que envolvem migração são centrais para o GIT, para a Univale, para Governador Valadares e para toda nossa região. Há essa possibilidade de abrir para um processo de internacionalização e contar com algum professor que venha de um país em situação de guerra, ou de perseguição política, ou de algum fato que o obrigue a sair do país. Nós podemos recebê-lo como professor, e a Capes tem um programa que contribui nisso. Estamos querendo nos engajar nisso, nesse processo de internacionalização via a pós-graduação stricto sensu, abrindo para esse tipo de relações internacionais”, afirmou Haruf.

Além do coordenador do GIT, também participou do seminário da Capes o professor Franco Dani Araújo e Pinto, representando o Núcleo de Estudos sobre Desenvolvimento Regional (Neder). “Esse programa [de Solidariedade Acadêmica] já existe e estamos vendo muitos representantes de instituições que já lançaram editais, já contrataram professores refugiados, e estão compartilhando essas experiências”, comentou Franco.

Uma dessas experiências foi a de Maikel Pons Giralt, cubano que é doutor por uma bolsa da Capes e é professor da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), instituição comunitária no Rio Grande do Sul. Em sua fala, Maikel destacou que o exílio é doloroso. “Esse é um dos dramas do migrante, a sensação de não retorno. A complexa dialética de os entes queridos compreenderem que se impõe um não estar, que em situações dramáticas e extremas pode se converter em um não retornar”, declarou.

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