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Mesmo com a pandemia, comércio mineiro deve investir em temporários

Pesquisa da Fecomércio-MG indica que 11,4% das empresas pretendem contratar nos últimos meses do ano, principalmente vendedores, operadores de caixa; aumento de vagas para motoboys e motoristas surge como novidade

Tradicionalmente, o segundo semestre do ano reúne oportunidades de novos negócios e a chance de conquistar um emprego temporário. Com a proximidade do fim do ano, os empresários de Minas Gerais começam a preparar estratégias de venda para atrair os clientes, além de reforçar suas equipes para garantir o bom atendimento. Não por acaso, de acordo com a pesquisa “Contratação de Temporários”, elaborada pela Fecomércio MG, 11,4% dos empresários mineiros pretendem contratar funcionários por período determinado neste fim de ano.

Apesar da pandemia de Covid-19 ter forçado um novo planejamento o comércio de bens, serviços e turismo de Minas Gerais, a intenção de ampliar o quadro de funcionários se aproxima do que foi registrado no mesmo período de 2019. Na ocasião, 16,4% dos empresários mineiros planejaram contratar temporários, a fim de atender a alta demanda do período, marcado pela Black Friday e Natal.

A economista da Fecomércio MG, Bárbara Guimarães, observa que esse movimento pode ser justificado por fatores como a flexibilização das atividades em todo o Estado e pelo incremento financeiro provocado, principalmente, pela prorrogação do auxílio emergencial.

“Além das tradicionais datas comemorativas do período, como o Natal, muitos empresários apostam neste último trimestre, pois sentem que o consumidor tem retornado às compras com a flexibilização do comércio, a queda gradual de casos de Covid-19 e a recuperação, ainda que lenta, do emprego e da renda. Por isso, mantém expectativas, mesmo que menores em relação a 2019”, pontua Bárbara.

Segundo a pesquisa, entre os empresários que contrataram temporários no ano passado, 81,8% devem manter o número de vagas ofertadas em 2019. A maioria desses postos de trabalho está distribuída entre vendedores (62,5%), operadores de caixa (10,4%), outros cargos como montador de móveis e freelancers (8,3%), motoboys/motoristas (6,3%) e balconistas (4,2%).

“Em virtude do isolamento social provocado pela pandemia, muitos empresários recorreram ao delivery para manter o funcionamento de suas atividades. Agora, com o abrandamento da pandemia e o retorno de grande parte do comércio, muitas empresas que adotaram essa modalidade como uma opção a mantiveram como um diferencial na sua prestação de serviços”, destaca a economista.

Já os segmentos de tecido, vestuário e calçados (24,5%); materiais de construção (18,2%); livros, jornais, revistas e papelaria (11,1%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,5%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,7%) serão aqueles com mais admissões.

As perspectivas também são boas em relação à efetivação. Entre os empresários ouvidos, 22,8% têm interesse em contratar os temporários para o quadro fixo da empresa, efetivando-os entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021.

Capacitação como diferencial

Embora tenham interesse em contratar, 21,7% dos empresários afirmaram que a falta de capacitação é um dos fatores que dificultam a admissão de funcionários temporários. Por isso, investir em qualificação profissional pode se tornar um diferencial para quem está em procura de oportunidades.

“Nos últimos anos, o aumento da oferta de capacitações, cursos livres e de extensão por instituições e entidades representativas ampliou as possibilidades de aprendizado. Mais rápidas e focadas em demandas específicas, essas modalidades são boas opções de qualificação profissional. Em muitos casos, ao fazer um desses cursos, o trabalhador pode encurtar o caminho de volta ao mercado”, destaca o coordenador comercial da Fecomércio MG, Danilo Manna.

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