Ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) desapontando quem torcia por sua demissão
Exclusivo: 67% do País estão ‘muito preocupados’’
Levantamento exclusivo do Diário do Poder/Orbis sobre como a população percebe os efeitos da pandemia do coronavírus na economia brasileira, mostra que o presidente Jair Bolsonaro não está sozinho nas preocupações com o impacto da crise do vírus: 67,7% dos entrevistados também dizem estar “muito preocupados” e mais 24,4% “um pouco preocupados” com os efeitos sobre sua situação econômica.
Raros despreocupados
Apenas 4,5% dos 2.163 pesquisados disseram “não estar preocupados” com a situação econômica; 3,3% não souberam avaliar.
Preocupação por sexo
O segmento mais preocupado com efeitos econômicos do coronavírus são pessoas de 20 a 35 anos: 69,7% estão muito preocupados.
Grau da preocupação
Mais mulheres estão “muito preocupadas” que homens: 68,8% a 66,4%. Despreocupados são 5,1% de homens e 4% de mulheres.
Dados da pesquisa
A Orbis entrevistou 2.163 pessoas em todo o território nacional. A pesquisa foi realizada na segunda-feira, 30 de março.
Senado age contra aluguéis, mas protege bancos
A Justiça e o Congresso atuam fortemente, por meio de liminares e projetos aprovados às pressas, para que locatários suspendam o pagamento de aluguéis de residências ou comércio, por até sete meses. Magistrados e parlamentares nem sequer levam em conta os brasileiros que têm no aluguel, de um imóvel, a única renda. Enquanto Executivo e Judiciário se mostram valentes contra quem vive de aluguel, nem sequer cogitam medida idêntica contra o financiamento imobiliário dos bancos.
Ponto importante
Magistrados e políticos não levam em consideração que despesa de aluguel de uma pessoa, muitas vezes é a única fonte de renda da outra.
Conta não fecha
Projeto no Senado prevê que apenas em novembro os aluguéis voltem a ser pagos, com acréscimo de 20% dos valores que não foram pagos.
Bancos blindados
Ao contrário de quem vive de aluguel, os bancos que continuam lucrando bilhões, graças a juros siderais. Inclusive nos financiamentos imobiliários.
Pessimismo contagia
Relatório de 16 de março do Instituto Fiscal Independente previu cinco cenários para o crescimento do PIB brasileiro em 2020: o melhor, 2,2%, sem vírus, e o pior, 0,6%, com retração nos dois primeiros trimestres. Em dez dias “analistas” já estimavam que a economia irá retrair em até 7%.
Torcida organizada
Tem gente inconformada com o esvaziamento da crise entre Bolsonaro e Luiz Henrique Mandetta (Saúde). Pelo terceiro dia consecutivo formulou-se ao ministro a mesma pergunta. Só falta um “pede demissão, ministro!”
Só pensam naquilo
O deputado Hugo Motta (MDB-PB) desdenha da destinação de recursos do Fundão Eleitoral de R$ 2,7 bilhões para o combate ao coronavírus. E ainda ironiza: “Se isso fosse resolver o problema da saúde do Brasil…”
Indústria aprova o corte
A CNI e as federações estaduais da indústria oficializaram o apoio à medida provisória que reduz as contribuições de empresas ao Sesi e Senai à metade, por três meses. O impacto estimado é de R$ 1 bilhão.
Clima ruim
Mais que a queda na confiança do consumidor, o chamado “índice de sentimento do Twitter”, da Fundação Getúlio Vargas, atingiu o pior resultado desde que começou a ser medido, em 2010.
Eu mando, eles obedecem
Uma frase do ex-presidente argentino Raúl Alfonsín pode explicar o jeito Bolsonaro de chefiar. Indagado sobre eventual pressão dos militares no governo que iniciava, Alfonsín sorriu discretamente e lembrou ao jovem repórter o que reza na Constituição: “Militares batem continência”.
Isolamento ‘paralelo’
Em resposta à sugestão do presidente do STF, Dias Toffoli, de “isolamento diagonal”, o leitor Luiz Antônio Costa quer o “isolamento paralelo: “Com o dinheiro, contas pagas e sem as preocupações com o final do mês, paralelamente ao que é propiciado aos ministros do STF”.
Para bilionários
O computador pessoal mais turbinado à disposição na loja brasileira da Apple custa R$ 540 mil. Com o monitor de R$ 54 mil e tripé de quase R$ 9 mil, vai a R$ 603 mil. Nos EUA, pacote idêntico sai por US$ 60 mil.
Pergunta na coletiva
Tem gente que vai acabar no divã do analista com a dúvida: é melhor para o País a demissão ou a permanência de Mandetta na Saúde?
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