ITANHOMI – Uma médica foi indiciada pela Polícia Civil de Minas Gerais por homicídio culposo, ou seja, quando não há intenção de matar, após a morte de uma criança de quatro anos em Itanhomi, no Vale do Rio Doce. O caso aconteceu em setembro do ano passado, mas o inquérito foi concluído nessa terça-feira (17).
A investigação aponta que a criança foi levada ao hospital da cidade depois de ser picada por um escorpião. Ela chegou a ser medicada, mas não recebeu o soro antiescorpiônico, mesmo com sintomas preocupantes e a recomendação de outros profissionais. A médica decidiu manter a criança em observação por um tempo e, depois, a liberou. O soro estava disponível no hospital naquele momento.
Preocupados com o estado da criança, familiares seguiram o conselho de uma enfermeira e a levaram para o Hospital Municipal de Governador Valadares. A menina foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica, porém morreu na manhã do dia seguinte.
De acordo com o inquérito, a polícia ouviu testemunhas, analisou documentos e ouviu a médica envolvida. Um laudo do Instituto Médico-Legal (IML) apontou que a morte foi consequência direta da picada e que houve falha no atendimento inicial. Portanto, a médica foi indiciada por homicídio culposo.
A Polícia Civil também pediu à Justiça a suspensão do registro profissional da médica, alegando falta de preparo técnico e psicológico para continuar exercendo a profissão.
“Foi uma tragédia que poderia ter sido evitada com o cumprimento dos protocolos básicos. A investigação mostrou uma falha grave no atendimento médico. Nosso compromisso é com a responsabilização de condutas que coloquem vidas em risco, principalmente de crianças”, alega o delegado Rodrigo Luiz Nalon Moreira.
O inquérito já foi encaminhado ao Poder Judiciário, que vai decidir os próximos passos do processo.
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