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Manifestações em municípios atingidos lembram os quatro anos da tragédia em Mariana

Legenda: As manifestações em Valadares têm acontecido em locais próximos ao rio Doce.FOTO: Divulgação

O rompimento da barragem de Fundão, da mineradora Samarco, completa quatro anos nesta terça-feira (5). As manifestações em memória ao despejo da lama de rejeitos de mineração no rio Doce acontecem em municípios atingidos. Em Governador Valadares, o Fórum Permanente em Defesa do Rio Doce preparou a realização de atos em locais próximos da margem do rio.

As mobilizações começam a partir das 5h30 de terça-feira, com panfletagem perto da Ponte do São Raimundo, no bairro Vila Isa. A partir das 9h, será celebrado um ato ecumênico na área da antiga Feira da Paz, no centro, perto da ponte que dá acesso à Ilha dos Araújos. De lá, em seguida haverá uma caminhada até a praça da Estação Ferroviária.
Em todas as manifestações, os participantes exibirão cartazes contra a Samarco e as mineradoras que a controlam, a Vale e a BHP Billiton. Entre os dias 6 e 8, os impactos sobre o rompimento da barragem continuam durante a quarta edição do Seminário Integrado do Rio Doce (4º SIRD), realizado pela Universidade Vale do Rio Doce (Univale), em parceira com UFJF, IFMG, Fórum Permanente da Bacia do Rio Doce e a Rede Terra Água, entre outras organizações.

Zona da Mata

Nos municípios de Santa Cruz do Escalvado e de Rio Doce, na Zona da Mata, a aproximadamente 100 quilômetros de Mariana, as comissões de atingidos realizam atos desde a segunda-feira, em memória ao despejo da lama de rejeitos de mineração no rio Doce.

“Com o tema ‘Resistência que Inspira Luta’, os atingidos demonstram que os danos acumulados nos últimos quatro anos e a mudança inesperada no modo de vida das pessoas que dependiam dos rios não permitem que este desastre seja esquecido. Mesmo com todos os entraves e descasos da Fundação Renova e das mineradoras, o envolvimento e a resistência dos atingidos do Território solidificam todo o processo de luta”, afirmam, por meio de nota, as Comissões de Atingidos de Santa Cruz do Escalvado/Chopotó e de Rio Doce e o Centro Alternativo de Formação Popular Rosa Fortini.

Segundo os organizadores, as manifestações rememoram o fato, classificado por eles como o maior desastre ambiental do Brasil, e reforçam a necessidade de reparações e compensações justas para o território por parte da Samarco e das mineradoras que a controlam, Vale e BHP Billiton.

Nesta terça-feira, a programação inclui uma blitz informativa, de 9 às 15h, com distribuição de folder, mudas, cartilhas, exposição de imagens, desenhos, e esclarecimentos sobre questões ambientais e jurídicas. Uma caminhada acontecerá de 15h30 às 16h30, quando então se apresentará a Orquestra da Associação Música e Arte (AMA). A programação se encerra com um momento religioso e de reflexão, com participação de atingidos e seus representantes, das 17 às 18 horas.

Renova

A Fundação Renova, criada para implementar e gerir os programas de reparação dos atingidos pelo rompimento da barragem em Mariana, afirma que até agosto deste ano foram destinados R$ 6,68 bilhões para as ações integradas de recuperação e compensação socioambiental e socioeconômica da bacia do rio Doce. Ainda de acordo com a Renova foram recuperados 113 afluentes, pequenos rios que alimentam o alto do rio Doce. Esses afluentes, segundo a Renova, praticamente desapareceram da paisagem após o rompimento da barragem de Fundão e, por isso, tiveram que ser totalmente redesenhados com base em informações de geoprocessamento. A fundação também afirma que cerca de R$ 1,84 bilhão foram pagos em indenizações e auxílios financeiros emergenciais para cerca de 320 mil pessoas.

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