Inscrições abertas para a Olimpíada Brasileira de Matemática 2023

FOTO: Freepik

Benefícios vão além das medalhas. Vencedores podem conseguir bolsas de estudo em várias universidades do País

As inscrições para a Olimpíada Brasileira de Matemática (OBMEP) estão abertas e vão até o dia 17 de março, pelo site www.obmep.org.br/. O projeto nacional é realizado desde 2005 pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e dirigido às escolas públicas e privadas. Os principais objetivos são: estimular o estudo da matemática, descobrir novos talentos e incentivar o ingresso na faculdade, contribuir para a melhoria da qualidade da educação básica, incentivar o aperfeiçoamento dos professores das escolas públicas e promover a inclusão social por meio do conhecimento.

Segundo o professor valadarense e pesquisador da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Carlos Torrente, que também é coordenador regional da OBMEP, o medalhista olímpico possui diversos benefícios. “Hoje existem as vagas olímpicas, um programa que funciona de forma alternativa ao tradicional vestibular e permite que alunos premiados em diferentes olimpíadas de conhecimento possam concorrer às diferentes vagas de graduação. São mais de mil vagas oferecidas através das vagas olímpicas”, explicou.

O ingresso nas universidades por meio do programa varia de acordo com os editais. Mas quanto mais medalhas o aluno tiver, maior a chance. “A USP, Unicamp, Unifei, Fundação Getúlio Vargas são algumas das universidades em que é possível entrar por ser medalhista olímpico. Por exemplo, na Fundação Getúlio Vargas os alunos com melhores pontuações são convidados a fazer uma prova e, se forem aprovados, ganham uma bolsa de R$ 2 mil por mês, alimentação e hospedagem. Cada vez mais vale a pena ser medalhista olímpico”, afirma Torrente.

Dois alunos de Valadares foram medalhistas de ouro na OBMEP de 2021 e serão homenageados em um evento em Florianópolis (SC), em junho. Rafhael Freitas Cupertino, que se formou em 2021 no Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), foi medalhista de ouro em 2019 e 2021. Já Felipe Augusto Santos Siman estudou no Colégio Tiradentes e venceu a competição em 2021 em outra categoria.

Valadarenses que se destacaram na disciplina

Em entrevista ao DIÁRIO DO RIO DOCE, o professor e pesquisador Carlos Torrente citou diversos jovens da região que são medalhistas olímpicos e conseguiram bolsas em universidades. “O Bernardo Quintão foi medalhista de ouro e primeiro colocado no Brasil em 2017. Ele faz Medicina na USP. Já o José Augusto está terminando doutorado em Matemática na UFMG e a Raquel Gama estuda PhD in Chemical Physics, na University of Maryland, por meio das medalhas. Quanto mais medalhas o aluno tiver, maior a chance de conquistar uma vaga na instituição federal”, disse.

Entre os dias 30 de julho e 4 de agosto, Carlos Torrente vai participar pela primeira vez da Conferência Internacional de Educação Matemática (CIAEM), na cidade de Lima, no Peru. Ele e o professor Frederico da Silva Reis, que também é pesquisador da UFOP, tiveram o artigo “Um mapeamento sobre a transição entre os Pensamentos Matemáticos Elementar e Avançado em Teses e Dissertações brasileiras de Educação Matemática” selecionado.

De acordo com Carlos, será um prazer representar Valadares em um evento internacional. “É gratificante participar de um evento desta grandiosidade. Participarei devido a um artigo que foi escrito por mim e o Prof. Dr. Frederico da Silva Reis. Foram quase dois anos de pesquisa. Fruto de um trabalho árduo, e nesse momento temos que apenas mostrar ao mundo as nossas conclusões quanto ao assunto pesquisado. E celebrar junto aos maiores pesquisadores do mundo”, afirmou.

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