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Geração Gabigol faz o que a de Zico não conseguiu e repete triunfo na Libertadores

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A torcida do Flamengo, quando se empolga, canta a música “Em Dezembro de 81”, recordando a conquista do Mundial daquele ano. É impressionante o número de pais rubro-negros que até hoje batizam seus filhos como Arthur, em homenagem a Zico. Por enquanto, não parece haver dúvida a respeito de qual é a maior geração da história do clube.


O grupo vermelho e preto atual, no entanto, conseguiu algo que nem a turma dos anos 1980 alcançou: conquistar duas edições da Copa Libertadores. Na tarde de sábado (29), no Equador, Filipe Luís, Éverton Ribeiro, Arrascaeta e Gabigol repetiram o que haviam feito em 2019 e ergueram a principal taça sul-americana.


O troféu foi recebido após uma vitória por 1 a 0 sobre o Athletico-PR, no estádio Monumental de Guyaquil. Na final em jogo único -a terceira seguida que só teve clubes brasileiros-, a formação do Rio de Janeiro teve dificuldade até a expulsão de Pedro Henrique, no fim do primeiro tempo. Pouco depois, Gabigol decidiu.


O triunfo permite à geração de Gabigol sonhar com o que somente a de Zico conseguiu em vermelho e preto, em dezembro de 1981. Classificado ao Mundial, o Flamengo tentará o bicampeonato em data e locais que ainda serão definidos pela Fifa (Federação Internacional de Futebol) -os Estados Unidos, em fevereiro, são a possibilidade mais real.


Mas, mesmo sem o possível bi intercontinental, a lista de conquistas acumuladas desde 2019 -quando a reorganização financeira dos tempos do presidente Eduardo Bandeira de Mello (2013-2018) passou a dar resultados esportivos, sob Rodolfo Landim (presidente desde 2019)- impressiona.
Inicialmente organizada taticamente pelo técnico português Jorge Jesus, a agremiação experimentou a glória no Campeonato Brasileiro e na Copa Libertadores em 2019. Depois, vieram mais um Brasileiro (2020), duas Supercopas do Brasil (2020 e 2021), uma Recopa Sul-Americana (2020) e uma Copa do Brasil (2022). Sem contar os Cariocas.


Zico, expoente maior dos anos 1980, ganhou quatro Brasileiros (1980, 1982, 1983 e 1987), uma Libertadores (1981) e um Mundial (1981). Não conseguiu ganhar a segunda Libertadores -as campanhas rubro-negras após a conquista original foram decepcionantes-, mas tem vibrado com os feitos do grupo atual.


Que teve dificuldades a partir do momento em que Jesus resolveu retornar à Europa, no meio de 2020. O muito qualificado elenco continuou levantando troféus, com diferentes treinadores, mas sem o mesmo brilho, sem um triunfo do porte de uma Libertadores e com sinais de estafa. A temporada 2022 começou com outro português no banco, Paulo Sousa, e tudo ia mal.


Em junho, foi acionado um velho conhecido, Dorival Júnior, chamado anteriormente em duas situações de emergência. Era novamente uma emergência, mas com um elenco altamente qualificado. A estratégia do treinador de 60 anos foi falar o simples e, em suas palavras, “recuperar a confiança dos atletas”.


Ele praticamente abriu mão do Campeonato Brasileiro, usando reservas na escalação com frequência, mas conquistou a Copa do Brasil e chegou em boas condições à decisão da Libertadores. E fez o que Renato Gaúcho não conseguiu na decisão anterior, contra o Palmeiras, em Montevidéu.


O Flamengo foi derrotado na final do ano passado, na prorrogação, com dificuldade para impor sua superioridade técnica. “Vamos voltar no ano que vem”, avisou Gabigol, que em 2019 definira com gols no finalzinho a vitória de virada por 2 a 1 sobre o River Plate, em Lima, e agora pode dizer com ainda mais propriedade que está entre os grandes jogadores rubro-negros da história.


Diante do Athletico-PR, dirigido pelo bicampeão sul-americano Luiz Felipe Scolari, foi ele quem abriu o placar, aos 49 minutos. Foi um bom fim de primeiro tempo para um time que havia começado a etapa mal, com problemas para superar a marcação e com falhas defensivas que deram chances ao adversário.


Aos 12 minutos, David Luiz errou domínio e permitiu finalização de Vitinho, defendida por Santos. Logo em seguida, após cobrança de lateral, Alex Santana dominou na entrada da pequena área e, com a bola no alto, bateu por cima. A cara do jogo poderia ter mudado caso a oportunidade clara tivesse sido aproveitada.


Mudou, mas porque o lateral esquerdo Filipe Luís teve de sair, machucado, aos 20. Entrou Ayrton Lucas, mais agressivo no ataque. Ainda assim, a formação paranaense se defendia bem, em um esquema de combate individual -Hugo Moura não largava Arrascaeta. Até que Pedro Henrique, nervoso, cometeu duas faltas duras -a segunda em Ayrton Lucas- e foi expulso, aos 43.


O Flamengo, que já tinha a posse de bola, mas não achava o espaço, encontrou-o. Aos 49, Éverton Ribeiro tabelou com Rodinei e cruzou para Gabigol completar de pé esquerdo. Frustraram-se os planos de Felipão, que se viu com um jogador a menos e 45 minutos para tentar evitar a quase inevitável derrota.


O Athletico-PR fez o que pôde, buscando chegadas em cruzamentos, mas era o time de Dorival Júnior que tinha a bola, com finalizações perigosas de Gabigol e Pedro. A equipe de Felipão fez um esforço digno, com momentos até de domínio da posse da bola. Não foi o suficiente para alterar o rumo da decisão.

FLAMENGO
Santos; Rodinei, David Luiz, Léo Pereira e Filipe Luís (Ayrton Lucas); Thiago Maia (Vidal), João Gomes, Everton Ribeiro e Arrascaeta (Everton); Pedro e Gabigol (Victor Hugo). Técnico: Dorival Júnior

ATHLETICO-PR
Bento; Khellven; Pedro Henrique, Thiago Heleno e Abner; Fernandinho, Hugo Moura, Alex Santana (Matheus Felipe) e Vinicius Bueno (Rômulo); Vitinho (Cannobio) e Vitor Roque (Pablo). Técnico: Felipão

Estádio: Monumental, em Guayaquil, no Equador
Árbitro: Patrick Lostau (ARG)
Auxiliares: Diego Bonfá (ARG) e Ezequiel Brailovsky (ARG)
VAR: Mauro Vigliano (ARG)
Cartões Amarelos: Alex Santana e Pedro Henrique (ATH); Arrascaeta e Vidal (FLA)
Cartão Vermelho: Pedro Henrique (ATH)
Gols: Gabigol (FLA), aos 48’/1ºT

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