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Gastar, poupar ou investir? Veja algumas sugestões do que fazer com o 13º salário

Se tem uma coisa que é muito esperada no final do ano, sem dúvida alguma, é o décimo-terceiro salário. A renda extra não é uma surpresa para os trabalhares, que já começam a fazer planos de como gastar o valor antes mesmo de recebê-lo. Quem trabalha de carteira assinada tem direito de receber o equivalente a um mês de salário extra, contanto que o tempo trabalhado seja de um ano. Para aqueles que não trabalharam os 12 meses, o valor do 13º é proporcional ao período trabalhado.

E com o prazo para o recebimento da primeira parcela do benefício se aproximando do limite (quem ainda não recebeu tem até o dia 30 de novembro para colocar a mão no dinheiro), o DRD conversou com o Marcelo Matias, que é professor e especialista em economia, para dar dicas de como usar o 13º terceiro sem, depois, ficar com culpa.

Uma das regras mais importantes quando se fala no assunto finanças é aproveitar o recurso extra para pagar dívidas, principalmente aquelas que têm o custo maior, com os juros mais elevados.

Segundo Marcelo Matias, o erro mais comum das pessoas é não entender a importância de poupar uma renda extra. “Comumente, costumam gastar o 13º salário com presentes, pagamento de contas atrasadas ou até mesmo em viagens. Na minha opinião, isso deve ser evitado. Em resumo, é conter o consumismo, que é enraizado na cultura brasileira”.

É fundamental entender esse aspecto, em especial quando se leva em consideração o começo do ano, sempre com as despesas que acabam pesando no orçamento familiar.

“[A ideia] de poupar o 13º salário é justamente pensando nas despesas de início de ano, tais como IPVA, IPTU, Taxa de Lixo, além, claro, de rematrícula escolar e materiais escolares para os filhos”, explica Marcelo.

O professor reforça o alerta sobre a importância do planejamento financeiro para 2022: “A prioridade para quem irá receber o 13º salário é poupá-lo, em vista de um próximo ano com cenário econômico nada favorável. Se o gasto for em investimentos, recomendo investir em renda fixa a curto e médio prazo, e em renda variável a longo prazo. E digo que vale super a pena investir o 13º, caso se tenha uma saudável vida financeira. Caso não seja possível investir, minha recomendação é pagar as despesas de início de ano”.

Já para você que conseguiu segurar o dinheiro na carteira, damos algumas opções de investimentos, levando em consideração um ano de 2022 mais pessimista, principalmente por causa da depreciação do câmbio, piora das contas públicas e ainda lembrando do cenário de ano eleitoral.

“Mesmo com a desaceleração da covid-19, a previsão de crescimento econômico para o Brasil em 2022 é menor do que este ano. […] Tendo em vista esse pessimismo para 2022, eu recomendaria investimentos em renda fixa no médio prazo. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a taxa básica de juros da economia nacional subiu para a 7,75% ao ano. A expectativa é que a Selic supere o patamar de 8,5% até o fim de 2021. Já a longo prazo recomendaria investimento em renda variável”, explica Marcelo.

Para finalizar as dicas, o professor sugere os melhores caminhos para serem investidos: “[Na renda fixa] indico como melhor investimento o Tesouro Selic, pois, como o próprio nome diz, o rendimento é atrelado à Selic. [Já para renda variável] indico o investimento no câmbio, tendo em vista a oscilação da nossa moeda em relação às principais do mundo”.

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