Fila de espera por leitos de UTI Covid no SUS tem queda em Valadares

Até a manhã desta quarta-feira (5) a cidade tinha apenas uma pessoa aguardando a regulação do Governo do Estado, via SUS/Fácil-MG. Cidade já teve 45 pessoas na fila de espera

O cenário da pandemia do novo coronavírus (covid-19) em Governador Valadares ainda é crítico. Mas nesta semana a cidade registrou números positivos no combate à doença, com a queda no número de pessoas na fila de espera por um leito UTI COVID-19 SUS. Para se ter uma ideia, o município já chegou a ter 45 pacientes com covid aguardando transferência via SUS/Fácil para um leito de UTI em outras cidades. De acordo com a Superintendência Regional de Saúde (SES), a queda se deve à abertura de leitos de UTI Covid em cidades vizinhas, no Vale do Aço.

O número de mortes confirmadas por COVID-19 também apresentou redução significativa em relação a dias anteriores. Mesmo assim, autoridades de saúde pedem cautela e afirmam que o momento “pode voltar a piorar” novamente. Vale lembrar que Valadares ainda continua sem vagas de leitos de UTI COVID nas redes pública e privada de saúde. Ao todo, são 54 leitos de UTI, 100% ocupados. A cidade continua com quatro leitos interditados no Hospital Bom Samaritano, por falta de medicamentos (kit intubação).

Em entrevista ao DRD, o superintendente regional de Saúde, Rômulo Batista Gusmão, falou sobre a redução na fila de espera por um leito de UTI: “Desde quando extrapolou a capacidade de leitos de UTI COVID, a gente estava com 67 pacientes na fila de espera na macrorregião. Foi feita a abertura de novos leitos na macrorregião Vale do Aço, nas cidades de Ipatinga e Coronel Fabriciano, que garantiu a diminuição dessa fila de espera. Nós estamos acompanhando no estado como um todo a diminuição de casos. Isso favorece, mesmo que de forma pequena, a ocupação de leitos de UTI.”

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que essa abertura de leitos nas cidades vizinhas tem desafogado a fila de espera. “Importante ressaltar que essa realidade é resultado de uma intensa articulação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), intercedendo junto ao Estado por apoio e suporte, o que resultou em transferências de pacientes para outros hospitais, o que não estava acontecendo. Precisamos entender que essa variação representa no âmbito clínico um menor tempo de espera por suporte de UTI desses pacientes, o que, consequentemente, reflete no prognóstico da doença.”

“Importante que a comunidade continue tomando todos os cuidados e buscando atendimento precoce ao sentir os primeiros sintomas da doença”

Secretaria Municipal de Saúde de GV

Para Rômulo, é cedo afirmar que a atual situação traz mais tranquilidade para o sistema de saúde. “É bom observar esses números com cautela. Estamos comparando com cenário de dias anteriores, que já foram piores do que neste momento. Não dá para dizer que estamos em dias melhores porque a gente continua tendo muita demanda de leitos de UTI nos 51 municípios da macrorregião, mas vamos continuar trabalhando na abertura de novos leitos”, disse.

Além disso, o superintendente fez um alerta sobre a chegada de uma terceira onda da doença em meados de junho e julho, que pode voltar a piorar o cenário nacional. “Existe uma sinalização da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que vai chegar uma terceira onda no Brasil, principalmente devido à chegada do inverno, e em função da falsa impressão da população de que o cenário da doença está melhor. Mesmo que a fila de espera de leito tenha diminuído, não dá para relaxar agora e dizer que tudo vai se normalizar”, ressalta.

Valadares receberá nova remessa de vacinas da CoronaVac nesta quinta-feira (6)

Com escassez de imunizantes para a segunda dose em Valadares, o superintendente regional de Saúde garantiu que nesta quinta-feira (6) o Governo do Estado encaminhará novas doses da vacina CoronaVac para a cidade e comentou sobre a demora na entrega das doses. “Amanhã (6) estaremos recebendo uma nova remessa de 870 doses de CoronaVac (270 para Valadares) e estaremos repassando o restante para distribuir para os demais municípios. Será a 16ª entrega de doses de vacinas do governo. A quantidade de doses cumpre a logística de entregas a partir do Ministério da Saúde. Ter ou não doses para distribuir é competência do Ministério da Saúde e não do estado. O papel do governo é somente a logística de distribuição das doses, que nunca teve atraso”, explica.

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