A Paróquia de Nossa Senhora Aparecida, na Ilha dos Araújos, teve que se adaptar para os devotos rezarem e prestarem sua homenagem à Padroeira do Brasil
A tradicional novena em homenagem ao Dia de Nossa Senhora Aparecida, celebrado em 12 de outubro, iniciou-se no sábado (3), na Paróquia da Ilha dos Araújos, em Valadares. Contudo, a programação de 2020 sofreu algumas alterações, devido à pandemia global da Covid-19. Neste ano não haverá as tradicionais barraquinhas e procissão com a imagem de Aparecida. Os fiéis poderão participar da programação de forma virtual, através das transmissões no Facebook da paróquia.
Será um ano diferente em relação às celebrações. Nas missas e novena é obrigatório o uso de máscara, e deve-se respeitar o distanciamento nos bancos da igreja. A novena começa sempre às 19 horas, e às 19h30, Santa Missa.
Programação
De acordo com a paróquia, no dia 12 de outubro, Dia de Nossa Senhora Aparecida, haverá missa às 7 horas com o padre Euler. Às 10h30 haverá uma carreata com a imagem de Nossa Senhora Aparecida pelas ruas da Ilha dos Araújos. Às 18 horas será celebrada a missa de encerramento da novena.
Fé, devoção e respeito às tradições
Para os devotos da padroeira, as restrições da pandemia não vão roubar o brilho da Festa de Nossa Senhora. Quem é devoto não deixa as tradições de lado, e encontra uma forma de prestar sua homenagem. É o caso da empresária Edna Coelho.
“Nesta semana estou participando da novena em honra a Nossa senhora Aparecida. Pedimos a ela que cubra com seu manto todas as famílias neste momento de pandemia, livrando de todo o mal, para vencermos juntos. Em nome de Jesus não irá nos atingir, e se vier a atingir, que sejamos curados”, disse Edna.
A empresária participa da novena em sua comunidade, com poucas pessoas e tendo os devidos cuidados. Toda devoção e veneração a Nossa Senhora tem um motivo especial. O sonho de ser mãe. Ela e o esposo tiveram dificuldades para ter filhos, mas receberam um milagre em 2015.
“Nossa Senhora Aparecida é minha mãezinha querida, que me concedeu o maior dos milagres, o dom de ser mãe. Tantos dias de choro por não conseguir engravidar e ela me abençoou com o meu filho Razor Carlos no ano de 2015. Ele veio para encher nossa casa de alegria. Gratidão a Deus por esse milagre divino”, contou Edna.
Tradição Vs Proibições
No dia 12 de outubro, sempre ao meio-dia, é comum fiéis de Nossa Senhora prestarem homenagens com foguetórios, seja na igreja ou em casa. Uma tradição que neste ano será impedida em Valadares, em razão da lei municipal que proíbe queima, soltura e manuseio de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos que produzem barulho. No município é permitido somente o uso de artefatos silenciosos. A lei é de autoria do vereador Alessandro Ferraz (Alê/PHS), e entrou em vigor em março deste ano.
A dúvida que fica é como será neste ano. O DRD entrou em contato com uma empresa especializada em fogos de artifício em Valadares, que não quis se identificar, mas revelou que a venda “não pode ser proibida”.
“Isso é algo que vai mudando aos poucos. Primeiro a Prefeitura não podendo soltar, depois as empresas, igrejas e, por fim, as pessoas. Punir o individual neste momento é difícil ainda. Com o tempo, a população vai entendendo que é errado soltar fogos com barulho. Isso é empatia pelos animais e autistas”, declarou o vereador Alê.
