O Time Brasil está muito próximo de superar a campanha dos Jogos do Rio-2016 em número de medalhas. Com o ouro conquistado por Ana Marcela Cunha na maratona aquática, a delegação brasileira já soma 15 medalhas em Tóquio. São 4 ouros, 3 pratas, 8 bronzes e a 16ª posição na classificação geral.
Há cinco anos, o país terminou no 13º lugar, com 7 ouros, 6 pratas e 6 bronzes, 19 no total. No Japão, já há mais três medalhas garantidas. Os pugilistas Hebert Conceição e Bia Ferreira disputam a semifinal de suas categorias com ao menos o bronze assegurado -o boxe não tem disputa pelo terceiro lugar-, e a seleção masculina de futebol está na decisão do torneio olímpico.
Com o lugar garantido no pódio, o Brasil enfrenta, no sábado (7), às 8h30 (de Brasília), a Espanha. Campeã no Rio, a seleção busca o bicampeonato olímpico consecutivo, algo que apenas Grã-Bretanha (1908 e 1912), Uruguai (1924 e 1928), Hungria (1964 e 1968) e Argentina (2004 e 2008) ostentam.
Não bastasse o futebol, o Time Brasil ainda tem grande chance de garantir mais medalhas no vôlei masculino e feminino. Entre os homens, a seleção brasileira bateu o Japão nas quartas de final por 3 sets a 0. A semifinal será nesta quinta-feira (5), à 1h (de Brasília), contra o Comitê Olímpico Russo.
O time brasileiro é o atual campeão olímpico e tenta conquistar o bicampeonato que apenas União Soviética (1964 e 1968) e Estados Unidos (1984 e 1988) alcançaram. Já o feminino derrotou o Comitê Olímpico Russo nesta quarta-feira (4), pelas quartas de final, por 3 sets a 1. Com a vitória, enfrentará a Coreia do Sul na sexta-feira (6), pela semifinal. O jogo será às 9h (de Brasília).
Se garantir lugar no pódio nos dois torneios de vôlei, o Time Brasil já passaria a campanha realizada em casa em número de medalhas: 20 a 19. Em total de ouros, porém, a diferença ainda pende para o desempenho olímpico de 2016, quando a delegação nacional conquistou sete vitórias. Em Tóquio, até agora, foram quatro. Além de Ana Marcela, alcançaram o ouro olímpico no Japão Rebeca Andrade (salto da ginástica artística), Martine Grael/Kahena Kunze (classe 49er FX da vela) e Italo Ferreira (surfe).
A campanha no Japão foi impulsionada pela entrada de novas modalidades no programa olímpico: caratê, escalada, skate e surfe. Beisebol e softbol retornaram aos Jogos, após ausências em Londres-2012 e no Rio-2016. Com o programa mais inchado, Tóquio irá distribuir 10,8% mais ouros do que no Rio.
Assim, além do ouro de Italo no surfe, o Brasil ganhou duas pratas no skate street, com Rayssa Leal e Kelvin Hoefler. Mais medalhas ainda podem vir na modalidade, já que Luiz Francisco, Pedro Barros e Pedro Quintas disputam as eliminatórias do skate park masculino a partir das 21h (de Brasília) desta quarta.
Há, também, por outro lado, decepções nas Olimpíadas no Japão. Pela primeira vez na história, o vôlei de praia brasileiro não subirá no pódio. A tradição era mantida desde a estreia da modalidade nos Jogos Olímpicos, em Atlanta-1996. Em Tóquio-2020, as quatro duplas brasileiras foram eliminadas precocemente. A última a sair da competição foi Alisson/Álvaro Filho, que perdeu para Plavins/Tocs, da Letônia, por 2 sets a 0, nas quartas de final, na noite de terça (3).
Já a seleção brasileira feminina de futebol chegou ao Japão badalada pela presença de Marta e Formiga e pelo trabalho conduzido pela técnica sueca Pia Sundhage, bicampeã olímpica. O time, porém, parou nas quartas de final após empatar em 0 a 0 e perder nos pênaltis para o Canadá por 4 a 3. ADALBERTO LEISTER FILHO/FOLHAPRESS