Egressos da UFJF-GV contam como estão encarando a suspensão das aulas

O ano de 2020 ainda não começou para os alunos da Universidade Federal de Juiz de Fora (Campus GV). Desde a suspensão das atividades presenciais, acadêmicas e administrativas, por conta da disseminação do novo coronavírus, o calendário acadêmico teve apenas duas semanas de aulas.

E nessa quarta-feira (29), a direção do campus anunciou a prorrogação das atividades por mais 30 dias.

Em razão disso, as cerimônias de colação de grau, recepção aos calouros 2020, bem como demais ações referentes ao semestre acadêmico, serão definidas quando a UFJF retomar as atividades presenciais, quando será definido um novo calendário acadêmico.

A prorrogação segue recomendação do Comitê de Monitoramento e Orientação de Condutas sobre o Novo Coronavírus (SarsCov-2). 

Suspensão

As atividades presenciais acadêmicas e administrativas foram suspensas no dia 17 de março. Em 18 de março, o Conselho Superior da UFJF suspendeu as atividades por mais 15 dias, e em 1º de abril, houve nova prorrogação, por mais 30 dias. A suspensão [ou seu prazo] pode ser alterado a qualquer momento.

Alunos vivem fase de adaptação

Perto de chegar o mês de junho, quase um período já foi perdido pela UFJF/Campus GV, por causa do coronavírus. Os acadêmicos não sabem quando será o retorno das aulas, as cerimônias de colação de grau, recepção aos calouros e apresentações de trabalhos.

O Coordenador Geral do DCE UFJF GV (entidade que representa os estudantes) e estudante do curso de Ciências Econômicas, Carlos Henrique Viveiros Santos, conta que a maior dificuldade é com a saúde mental.

“Tivemos somente 2 semanas de aulas. Um dos maiores gargalos é o cuidado da saúde mental neste momento em que as atividades acadêmicas estão suspensas”,

Carlos Henrique Viveiros Santos

A universidade, tanto no campus-sede como em Valadares, criou Comitês e Grupos de Trabalho para avaliar e decidir o funcionamento da universidade e monitorar os alunos. Além disso, a universidade vem produzindo EPIs e material de uso técnico para a rede municipal de saúde. “Os alunos também ajudam com relatórios periódicos de estudos em cima dos dados sobre a dinâmica da Covid-19. Também disponibilizou alimentação nos restaurantes universitários de Juiz de Fora e Governador Valadares”, explicou Carlos.

Os egressos do Campus GV também se destacam nos centros de atendimento e se tornam agentes essenciais na linha de frente do combate à Covid-19. Os departamentos de Odontologia e Fisioterapia já repassaram 25 mil pares de luvas de procedimento, 12 mil máscaras e 10 mil toucas ao Hospital Municipal de Governador Valadares (HMGV), para ajudar os profissionais da saúde no enfrentamento da Covid-19.

Enquanto as aulas presencias não retornam, professores e alunos participam em comitês de assessoramento, realização de pesquisas e capacitação e treinamento de equipes na área da saúde. “Os Diretórios e Centros Acadêmicos, projetos de extensão e pesquisa produzem “lives” semanais para interação com os estudantes, para debater sobre vários assuntos entorno do impacto do vírus e das políticas de distanciamento social”, concluiu Carlos.

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