Educação e tecnologia: aplicativo GraphoGame é novo aliado da alfabetização de crianças

Quem vê de longe até pensa que a pequena Maria Eduarda está apenas se divertindo com um simples joguinho digital. Mas a atividade praticada pelos alunos na sala de informática da Escola Municipal Vereador Hamilton Teodoro – no bairro Jardim do Trevo, em Valadares – está ligada ao aprendizado.

Maria Eduarda está aprendendo a ler usando a ferramenta tecnológica – FOTO: DRD/TV Leste

De acordo com a professora de informática da escola, Gladys Magalhães, a pandemia causou um grande atraso na alfabetização das crianças. Sobretudo as que cursavam os anos iniciais do ensino fundamental. Afinal, grande parte dos alunos retornou ao ambiente escolar sem dominar ensinamentos básicos, como a identificação das letras e a formação de palavras. Diante disso, o Ministério da Educação, por meio da Política Nacional de Alfabetização e do programa Tempo de Aprender, deu início ao uso do aplicativo GraphoGame nas escolas do Brasil.

O que é o GraphoGame?

O GraphoGame é um aplicativo voltado ao público infantil a partir de 4 anos. Por meio dessa ferramenta, os alunos que estão nos anos iniciais aprendem a identificar as letras e formar palavras. Para isso, eles executam jogos interativos, contendo sons e instruções em português. A novidade surgiu de pesquisas realizadas por cientistas da Finlândia e de outros países.

Por fim, o Instituto do Cérebro, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, adaptou o conteúdo do aplicativo para o idioma português. Assim, os pequenos brasileiros agora podem aprender de um jeito divertido, moderno e prático.

Trabalho conjunto

Da tradicional dupla ‘papel e lápis’ para a tela do computador. Contudo as professoras da escola municipal fazem questão de ressaltar que um processo não anula o outro, mas ambos se complementam.

“A minha participação com os alunos é juntamente com a professora regente, com a sala de aula, onde eles estão sendo alfabetizados. E aqui [na sala de informática] nós aplicamos essa alfabetização com a ferramenta GraphoGame; quando eles começam, então, a montar seus avatares, a escrever o nome, digitando no computador, registrando nesse avatar; e assim também ficando registradas as atividades deles em sequência”, explicou a professora de informática Gladys Magalhães.

Gladys Magalhães (Professora de Informática) – FOTO: DRD/TV Leste

A professora regente de uma das turmas do primeiro ano (anos iniciais), Aparecida Barbosa, conta que nem sabia da existência do aplicativo. Ela conheceu a ferramenta participando da aplicação do método junto com a professora de informática e aprova os resultados. Segundo Aparecida Barbosa, os alunos apresentavam dificuldades até mesmo de coordenação motora.

“Foram dois anos sem estudar. No início do ano, alguns nem sabiam pegar no lápis direito. Esse aplicativo tem desenvolvido eles bastante. É uma autonomia que eles estão criando a partir do aplicativo. A coordenação motora deles está sendo muito bem desenvolvida, está ajudando muito o meu trabalho em sala de aula. Eu trabalho muito com materiais concretos, então isso está relacionado, está fazendo eles se desenvolverem, cada dia querendo aprender mais, porque sabem que aqui eles precisam. Aprendem lá para jogar aqui”, comentou.

Aparecida Barbosa (Professora do 1º ano dos anos iniciais) – FOTO: DRD/TV Leste

Crianças interessadas em aprender

E pelo visto nem parece ser tão desafiador manter os pequenos assim: quietinhos e atentos à atividade. Na sala de informática, as brincadeiras dão lugar ao silêncio e à concentração. Pois como nos jogos do cotidiano, o objetivo dos jogadores mirins é passar de fase.

“A partir do momento em que ele parou na sequência 2 de vogais, por exemplo, quando ele voltar naquele avatar, ele volta novamente a dar sequência às suas atividades. Uma sequência 3, 4 e assim por diante“, complementou Gladys Magalhães.

E olha só o Yuri dos Santos, de 6 anos, cumprindo sua missão de acertar a letra cujo som é dito pelo jogo, no fone de ouvido:

VÍDEO: DRD/TV Leste

“Estou achando muito ótimo, aprendendo as letras do alfabeto, tem o computador. E aprendendo muito bem. A professora de informática é muito boazinha com a gente”, disse a Ester, também de 6 anos. Ela afirmar estar aprendendo muito com o jogo educativo.

Ester é aluna do 1º ano e já está aprendendo o alfabeto por meio do GraphoGame – FOTO: DRD/TV Leste

Sendo assim, a diretora Tânia Cristina Teixeira faz questão de enfatizar o quanto o GraphoGame agregou ao ensino da escola. Confira:

VÍDEO: DRD/ TV Leste

“Os pais, a família em geral, os responsáveis, podem estar brincando e ensinando ao mesmo tempo”, conclui Tânia Cristina.

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