Dia Nacional do Ciclista: valadarenses falam sobre segurança, transporte e saúde

Data é de alerta para a segurança no trânsito, sustentabilidade e saúde

Hoje (19) comemora-se o Dia Nacional do Ciclista. A data foi criada para homenagear Pedro Davison, ciclista morto em 2006, aos 25 anos, enquanto ele pedalava no Eixo Sul, em Brasília. Ele foi atropelado por um carro que estava acima do limite de velocidade e transitava em local proibido. O dia alerta para a segurança no trânsito, além de sustentabilidade e saúde.

Pedalar é esporte, meio de locomoção, lazer e sustentabilidade, além de trazer inúmeros benefícios à saúde. Por isso, é uma atividade muito presente na vida dos brasileiros. No entanto, é muito importante tomar alguns cuidados. Por isso, o Diário do Rio Doce conversou com três ciclistas valadarenses, que falaram sobre a atividade como meio de saúde, transporte e economia.

Fábio Dupim, de 44 anos, é apaixonado por bicicletas. Além de praticar o ciclismo como um esporte, ele é mecânico de bikes há 28 anos. “O ciclismo faz parte da minha história. Conheci o ciclismo através da Praça de Esportes em Valadares, e comecei a pedalar aos 10 anos de idade. Como um bom valadarense, antes eu tinha a bicicleta como meio de transporte. Logo após, comecei a me interessar pelo esporte. Também trabalho como mecânico de bike há 28 anos, e atualmente me dedico aos treinos e corridas.”

O mecânico conta que ciclistas possuem gastos, mas os ganhos são diversos. “Todo ciclista possui gastos, afinal, todo equipamento necessita de cuidado, trocas, reparos. Mas, ao comparar com outros meios de transporte, são gastos relativamente mais acessíveis. Porém, os banhos são inúmeros. Hoje tenho uma rotina de treinos de seis vezes na semana, e isso com certeza tem me ajudado a manter o corpo saudável.”

Segundo Fábio Dupim, o ciclismo faz parte de sua história (Foto: Arquivo Pessoal)

Devido às restrições trazidas pela pandemia, Raiane Silva Paoli, de 25 anos, voltou a pedalar como prática esportiva. “Desde criança gosto andar de bicicleta, e depois de grande, com correria do dia a dia, deixei a bike de lado. Mas com a pandemia e restrições, as opções de esporte ficaram mais limitadas, e por sempre ter participado de esportes coletivos, resolvi voltar a pedalar, e atualmente realizo trilhas.”

Segundo Raiane, além de ser mais barato, pedalar traz benefícios físicos e mentais. “Sou beneficiada diariamente, tanto fisicamente, devido ao alto gasto calórico que o ciclismo proporciona, quanto mentalmente, pela possibilidade de contato com a natureza e por sair da rotina exaustiva do dia a dia. O ciclismo hoje é meu remédio, meu momento de lazer, distração e de aventura. Sem dúvida, é uma boa terapia gratuita que recarrega minhas energias.” 

A ciclista conta que o valor gasto para manter uma bicicleta é inferior ao dos demais transportes. “Meus gastos são com a manutenção da bicicleta. Eles devem ser realizados por prevenção a cada 2 mil km rodados ou de 3 em 3 meses, a fim de garantir a prática do esporte de forma segura. Os custos dependem do tipo de bicicleta que você tem. São necessários equipamentos de proteção, roupa apropriada. Mas o custo é baixo em relação aos outros meios de transporte.”

Raiane destaca os perigos da rua ao pedalar e reforça os cuidados que devem ser tomados para garantir a segurança. “A falta de um espaço adequado para os ciclistas nas ruas e a imprudência dos motoristas no trânsito são dificuldades enfrentadas pelos ciclistas. Acredito que todo ciclista já tenha passado por situações de risco nas ruas. Os equipamentos de segurança devem ser utilizados corretamente, assim como as manutenções necessárias nas bicicletas. Deve-se estar atento aos lugares em que transitam, independente se for nas ruas da cidade ou nas trilhas, a fim de garantir a segurança, mesmo que não dependa apenas de nós”, enfatiza. 

Raiane conta que pedalar traz benefícios físicos e mentais (Foto: Arquivo Pessoal)

Emerson Dutra, de 23 anos, pedala desde 2014. Segundo ele, o ciclismo lhe trouxe o ânimo de volta. “Eu conheci e me interessei pelo ciclismo através do meu irmão, há sete anos. Eu estava desanimado com tudo, e pedalar trouxe meu ânimo de volta. Hoje eu faço trilhas, pedalo por estradas e algumas vezes vou para o trabalho de bicicleta.” 

De acordo com o jovem, a bicicleta é um meio de transporte mais econômico, saudável e sustentável. “Tenho gastos em relação à minha segurança e à vida útil da bike, como capacete, luvas, manutenção na bike, para não acontecer nenhum tipo de acidente mecânico. Mas com certeza os gastos dela são menores que os outros transportes, sem contar que ela faz bem para nossa saúde e também para o meio ambiente”, explica. 

Emerson conta que, além de transporte e hobby, a bicicleta o ajuda a prevenir alguns problemas de saúde. “Na minha família existem muitos casos de hipertensos, obesidade e também problemas cardíacos. E o ciclismo diminui as chances de eu ter algumas dessas doenças”, comenta.

Por fim, o ciclista dá algumas dicas para os iniciantes. “Se forem pedalar em rodovias, procurem rodovias com acostamento. Evitem usar roupas escuras; utilizem roupas que sejam fluorescentes, para melhor visibilidade do próximo. Usem capacetes, para sua segurança. Se forem pedalar em estradas de terra, evitem ir sozinhos, pois pode ser perigoso”, aconselha.

Segundo Emerson, o ciclismo trouxe seu ânimo de volta (Foto: Arquivo Pessoal)

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