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Dia Internacional da Mulher: um dia para lembrar, celebrar e continuar lutando

FOTO: Acervo histórico

GOVERNADOR VALADARES – Na última sexta-feira, dia 8 de março, o mundo comemorou o Dia Internacional da Mulher. A data transcende as fronteiras nacionais para destacar as conquistas das mulheres e os desafios que ainda enfrentam na busca pela igualdade de gênero. A história por trás desta data remonta ao movimento operário do início do século XX.

Originado nos Estados Unidos, o evento ganhou força quando 15 mil mulheres marcharam pelas ruas de Nova York em 1908, exigindo melhores condições de trabalho, salários justos e o direito ao voto. Um ano depois, o Partido Socialista da América instituiu o primeiro Dia Nacional das Mulheres.

Clara Zetkin

A proposta de transformar o evento em uma celebração internacional partiu da Clara Zetkin, renomada ativista dos direitos das mulheres. Em 1911, o Dia Internacional das Mulheres foi celebrado pela primeira vez em vários países europeus. No entanto, foi somente em 1975 que a data foi oficialmente reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), marcando um passo significativo na conscientização e na promoção da igualdade de gênero em todo o mundo.

Sueli Siqueira, doutora em Sociologia e Política, e professora da Universidade Vale do Rio Doce (Univale), explica os objetivos por trás da comemoração. Segundo ela, o Dia Internacional das Mulheres serve como um lembrete da necessidade contínua de lutar por igualdade, representatividade e visibilidade das mulheres na sociedade. “É exatamente para tornar visível todo o processo de inferiorização, de invisibilidade, de preconceito, de perseguição e de violência sofrido pelas mulheres”, destaca Siqueira.

Desafios continuam

Apesar dos avanços ao longo dos anos, os desafios persistem. A professora esclarece que a sociedade é baseada em uma organização patriarcal, na qual os homens mantêm o poder primário e predominam em funções de liderança política e de privilégio social. “Então quem tem o poder, o direito de tomar decisão é o homem. Isso foi colocado culturalmente, sendo um pilar da sociedade patriarcal”, afirma Sueli. Dessa forma, o acesso das mulheres ao poder, à tomada de decisões e à igualdade de oportunidades ainda é limitado, especialmente no mercado de trabalho.

A doutora relata que hoje as mulheres têm direitos garantidos por lei, mas, por conta do patriarcado, ainda há muita resistência. “A gente vê resistência do ponto de vista da religiosidade e até mesmo das políticas públicas. Apesar de ter uma lei que garante, as pessoas ainda conseguem burlar essa lei”, ressalta.

Quanto à comercialização do Dia Internacional da Mulher, Sueli enfatiza que, embora o comércio tenha transformado a data em uma oportunidade de vendas, isso não diminui a importância da causa. Ela destaca que o mais importante é que gestos como presentear com flores ou chocolates sejam acompanhados de respeito e carinho. “Nós temos vários movimentos acontecendo durante esta semana, lembrando exatamente isso, a violência, por exemplo, lives falando sobre as questões da violência doméstica, dos direitos da mulher, da igualdade no trabalho”, conclui Siqueira.

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