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De Valadares para o Atlético Mineiro

Quem nunca sonhou em ser jogador de futebol? De acordo com o artigo “Jogadores de futebol no Brasil”, coordenado pelos professores Antônio Gonçalves e Leonardo Melo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Universidade Gama Filho, respectivamente, as chances de um menino passar em um teste para entrar nas categorias de base dos clubes do Brasil são de apenas 1,5%.

Na maioria das vezes, o sonho de ser jogador de futebol nasce na infância e se perpetua como o maior objetivo na vida. É o caso do Rubens Dias, Caio Ribas, Isaac Tomich, Matheus Mendes e Diego Fernandes. Todos moravam em Valadares e hoje são jogadores profissionais do Clube Atlético Mineiro.

Em entrevista ao Diário do Rio Doce, Rubens Antônio Dias, meio-campista do time profissional do Atlético, afirmou que a única brincadeira que gostava quando criança era jogar futebol: “Sempre fui um garoto que gostou muito de futebol. Tudo era jogar bola, não tinha outra brincadeira que me interessasse. Me apeguei a isso desde novo e esse amor só foi crescendo, e hoje desfruto de coisas muito boas, graças a tudo que começou lá atrás”.

Rubens chegou ao Atlético Mineiro em 2016, no time Sub-15. No entanto a estreia pelo time principal foi em 7 de março de 2021, na goleada por 4 a 0 sobre o Uberlândia, pelo Campeonato Mineiro. 

Rubens/ Crédito: Atlético Mineiro

“Eu me sinto um garoto de muita sorte de poder estar vivendo tudo isso em um clube com uma história gigante, como o Atlético. Sou muito grato. Tenho comigo que carrego uma responsabilidade enorme, que é defender essas cores de muita tradição, mas faço com muito prazer. O Atlético representa muito para mim”, acrescentou.

Infância em Valadares

Isaac Tomich e Caio Ribas jogam juntos desde criança. Ambos treinavam no Coopevale, em Valadares, passaram na mesma peneira no Atlético, em 2016, e hoje estão no Sub-20.

De acordo com Isaac Tomich, o número 9 do Sub-20, as competições de que participou em sua infância em Valadares foram muito importantes para adquirir experiência: “Minha infância no futebol foi muito boa. Sempre joguei em categorias acima, então peguei muita experiência; era muita competitividade e me ajudou a me tornar quem sou hoje”.

Já para Caio Ribas, a infância se resume ao futebol: “Vamos dizer que eu não tive uma infância mesmo, porque sempre estava me dedicando ao futebol. Acordava cedo e estava sempre viajando para disputar os campeonatos. Desde mais novo procurei evoluir para que, quando chegasse a um clube grande, pudesse ser diferente dos outros”.

Crédito: Atlético Mineiro

Escolinhas contribuíram para o acesso

De acordo com o volante Caio, a primeira escolinha em que jogou em Valadares foi a do treinador Dedé, no Minas Clube. Depois foi para o futebol de campo com a escolinha Meninos da Vila, que tinha parceria com o clube do Santos. Jogou, ainda, no futsal da Praça de Esportes e, por último, no Coopevale.

Os primeiros passos do atacante Isaac Tomich foram no futsal do Filadélfia, onde jogou dos cinco aos oito anos. Mas depois atuou por outras equipes da cidade, como Minas Clube, Praça de Esportes, Meninos da Vila e Gol de Placa, de Caratinga. Aos 11 anos, começou a jogar no Coopevale, e se destacou na Copa Timóteo. Dessa forma, aos 12 anos foi convidado para participar da peneira do Atlético e entrou no time.

Goleiros Matheus Mendes e Diego Fernandes

Matheus Mendes é goleiro e entrou no Galo em 2012. Contudo o jogador integrou o time profissional somente em 2020. Em Valadares ele começou, também, jogando futsal no Filadélfia. “Comecei jogando futsal na linha e com o passar do tempo fui para o gol. Realizei a minha transição para o campo no Filadélfia”, disse.

Matheus Mendes/ Atlético Mineiro

Outro que também jogava no Filadélfia e teve a mesma trajetória do futsal para o gol foi Diego Fernandes. O goleiro chegou ao Atlético em 2017 e se sente muito feliz em poder realizar o sonho de criança. Desde que entrou no Galo, Diego joga com Isaac e Caio. Os três jogadores são de 2004.

Já Rubens morou apenas dois anos em Valadares. Nesse tempo jogou na Cohab, no Coopevale e no Esporte Clube Democrata. 

Treinadores

Helder Almeida é treinador de futebol e foi técnico de Rubens, Isaac e Caio no Coopevale. Ele conta que se sente lisonjeado de ver os ex-alunos em um time como o Atlético, e sabia desde o início que eles tinham potencial.

“Quando o Isaac foi meu atleta estava com 11 anos e já era um atleta em que eu, particularmente, via um potencial enorme. Primeiro devido à sua parte técnica, que já era diferente da maioria dos outros atletas, porque driblava com uma facilidade enorme. Segundo, devido à sua parte física, que também se destacava, pois era muito veloz”, disse Helder.

“O Caio Ribas é um ótimo atleta também, porém, com características diferentes. É um atleta com uma técnica apurada também, mas um jogador mais de armação, diferente do companheiro Isaac, que era mais finalizador. Caio se destacava também pela batida na bola. Com pouca idade já conseguia arrematar de longa distância muito bem”, acrescentou.

Em entrevista ao Diário do Rio Doce, o treinador afirmou que Isaac e Caio eram essenciais em seu time e lembra de ter perdido apenas uma partida com os dois atletas em campo.

Isaac e Caio com Helder/ arquivo pessoal

Já em relação ao Rubens, Helder explicou que o jogador demonstrava facilidade em jogar em várias posições: “Quando  Rubens chegou ao Coopevale tinha 14 para 15 anos. Era um garoto muito humilde e de pouca conversa, porém, dentro de campo, um atleta de muita qualidade técnica e de muita movimentação. Ele já demonstrava muita facilidade de jogar em várias posições, sempre com sua perna esquerda. Ele armava muito bem as jogadas e também chegava na frente para finalizar”.

Rubens quando treinava com Helder/arquivo pessoal

Bruno Cota

Bruno Cota foi treinador de Matheus Mendes e Diego Fernandes no Filadélfia. De acordo com o treinador, para ele é uma satisfação enorme ver os atletas no Atlético Mineiro, e está sempre usando o exemplo deles para encorajar seus alunos.

“Matheus e Diego têm muitas características em comum. Os dois começaram no clube jogando na linha; Diego jogava de lateral e Matheus era atacante. Ambos eram muito habilidosos e chutavam muito forte. Além disso, chamava a atenção a disciplina que demonstravam desde cedo e o bom posicionamento e encaixe nas bolas. Nos treinamentos e jogos foram aos poucos jogando de goleiro, onde se destacaram e não voltaram a jogar mais na linha”, afirmou Bruno.

Diego quando treinava com Bruno/ Arquivo pessoal

Os dois treinadores destacam que sempre falam para os alunos que sonham em um dia ser jogadores profissionais para terem foco, perseverança e, principalmente, nunca desistirem de seus sonhos.

Comments 1

  1. Parabéns a todos envolvidos para o desempenho destes garotos. Lembrando!Rubens é filho de nossa querida Tumiritinga MG….Parabéns a todos e que Deus abençoe.

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