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Crise no Cruzeiro destrói relação entre Perrella e gestão de Wagner Pires

FOTO: Divulgação

A crise interna do Cruzeiro minou a relação entre Zezé Perrella, presidente do Conselho Deliberativo, e Wagner Pires de Sá, mandatário do clube. Antigos aliados, eles trocam farpas públicas e fomentam o problema nos bastidores com um caso que foi parar até na polícia.

A história entre Wagner e Zezé Perrella se iniciou no decorrer de 2018, primeiro ano do mandato do presidente. Depois de apoiar Sérgio Santos Rodrigues no pleito presidencial, o ex-senador se aproximou da atual administração do Cruzeiro. Não à toa o seu filho, Gustavo Perrella, foi contratado como diretor institucional, com remuneração próxima de R$ 40 mil, no início de 2019. Ele, inclusive, viajou com a delegação para a Argentina, onde assistiu à vitória por 1 a 0 sobre o Huracán, pela fase de grupos da Copa Libertadores 2019.

Entretanto, os escândalos recentes que envolvem o presidente Wagner Pires de Sá e seus pares – o vice de futebol Itair Machado e o diretor-geral Sérgio Nonato – minaram o relacionamento construído nos 12 primeiros meses de gestão.

Presidente do Conselho Deliberativo, Zezé Perrella foi obrigado a montar uma comissão de sindicância para investigar os documentos na Toca da Raposa II. Desde então, ele perdeu influência no clube e se distanciou dos dirigentes cruzeirenses.

Uma série de fatos o transformou em desafeto nos bastidores do clube. A postura de cobrar publicamente a atual diretoria, solicitando inclusive o afastamento de Wagner Pires de Sá e seus diretores, não foi vista com bons olhos. Não à toa o mandatário cruzeirense respondeu e exigiu a mudança de data da reunião extraordinária que pode votar a sua saída imediata do clube.

Perrella gostaria de marcá-la em 5 de agosto, após os jogos contra Atlético-MG, pela Copa do Brasil, e River Plate, pela Libertadores. O atual presidente, contudo, fez valer a sua condição e a antecipou para 8 de julho.

Para piorar, Zezé Perrella ainda cobrou publicamente a entrega de documentos para que a comissão de sindicância possa avaliá-los. O presidente do Conselho Deliberativo alega que não recebeu todos os registros contábeis solicitados. A atual diretoria nega o fato.

Na última terça-feira (18), uma discussão entre Fernanda São José, cônjuge de Wagner Pires de Sá, e Hellen Rocha, secretária de Zezé Perrella no Conselho Deliberativo, acentuou o problema. A funcionária do ex-senador alega em Boletim de Ocorrência que sofreu intimidação e teve documentos roubados pela mulher do mandatário cruzeirense. Procurada, a assessoria de imprensa do clube ainda não se manifestou sobre o caso.

Tudo o que tem acontecido nos bastidores do Cruzeiro mostra que não há mais proximidade entre Perrella e Wagner Pires de Sá. A crise no clube destruiu a boa relação entre os dois importantes nomes da política cruzeirense.

por THIAGO FERNANDES UOL/FOLHAPRESS

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