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Comerciantes da Avenida Minas Gerais reclamam de interdição

Trânsito no 'Mergulhão' da Avenida Minas Gerais está interditado para trabalhos de sondagem e topografia. FOTO: Arquivo/Leonardo Morais/Secom

Vale e Prefeitura se pronunciaram sobre interdição do “Mergulhão” da Avenida Minas Gerais

GOVERNADOR VALADARES – Comerciantes da Avenida Minas Gerais, no centro de Valadares, não estão contentes com a interdição do trânsito na região do ‘Mergulhão’ desde o dia 22 de setembro – sexta-feira. Os proprietários de empresas localizadas no entorno da área afirmam que a interrupção do tráfego de veículos afetou drasticamente as atividades de venda e prestação de serviço. Dessa forma, segundo os empresários, as mudanças prejudicam também o faturamento diário do comércio.  

A Prefeitura de Valadares e a Vale anunciaram, no dia 19 de setembro (terça-feira), a realização de novas obras no âmbito urbano do município. De acordo com a mineradora, a cidade contará com outros três viadutos, além de uma passagem inferior de veículos na Avenida Tancredo Neves. A primeira construção do projeto, portanto, será no ‘Mergulhão’ da Avenida Minas Gerais.

O início das construções, segundo a gestão municipal, está previsto para 2024. No entanto a Prefeitura já interditou o trânsito da área do Mergulhão para dar início a alguns trabalhos. Segundo a gestão municipal, trata-se da etapa de sondagem e topografia. Nesse sentido, a interdição não permite a passagem somente de veículos automotores e seguirá até o próximo dia 8 de outubro. 

Comércio

Mas, para além do entusiasmo, as novidades também vêm sendo motivo de queixas. Sobretudo dos empresários locais. Edilson Santos é proprietário de uma empresa do ramo de embalagens, atuante há cerca de 10 anos na região. Segundo o comerciante, ele e os demais donos de estabelecimentos da avenida não sabiam que ocorreria a interdição. 

“Fomos surpreendidos com a paralisação desse pedaço da via do ‘Mergulhão’ da Avenida Minas Gerais, a alguns metros da nossa empresa. Nenhum dos comerciantes, aqui, foi chamado para alguma reunião, para a apresentação de algum projeto. Nós estamos correndo atrás, conversando com um advogado, tentando entrar numa ação conjunta, dos comerciantes e proprietários de imóveis do entorno aqui do ‘Mergulhão’. Ignoraram que nós existimos aqui. Fizeram reuniões com associação de bairro e não incluíram os comerciantes”, relata. 

O empresário enfatiza que já no primeiro dia de interdição – sexta-feira, 22 de setembro – as mudanças impactaram negativamente a loja, com queda de 40% das vendas. “O atendimento de balcão, praticamente não teve, só delivery. O fluxo de trânsito foi desviado, então, nós que atendemos o público que passa na porta, aqui, já não estamos atendendo mais. O pessoal que, às vezes, passa de carro aqui, vê, para, estaciona… Fiz uma venda no balcão [na sexta-feira (22)], que foi um rapaz que veio à pé”, conta o empresário.  

Contratempo

Ainda segundo Santos, cerca 30 comerciantes, de diversos segmentos, aderiram um abaixo-assinado. O documento manifesta interesse de todos em mover uma ação judicial. O proprietário de uma franquia dos Correios, também nas proximidades do ‘Mergulhão’, Gustavo Lopes, disse que apoia o avanço da infraestrutura, desde que não prejudique as atividades econômicas.

“A gente está tendo esse contratempo. A região toda, em se tratando de comércio, foi muito afetada diretamente. Porque uma vez que não tem como o cliente parar, o carro parar, a gente está tendo uma perda significativamente grande. E até então nada foi esclarecido com a parte comercial. Ninguém ficou sabendo. Então é muita falta de informação. A gente é a favor da infraestrutura e tudo mais, mas da maneira que está sendo feito, sem comunicação nenhuma, estamos sendo bem prejudicados”, declara.

Pronunciamentos

Mediante os questionamentos, o DIÁRIO DO RIO DOCE entrou em contato com a Prefeitura e com a Vale a fim de esclarecer o assunto proposto pelos comerciantes.

Em nota, a administração municipal informa que interditou a via apenas para os trabalhos de sondagem e topografia necessários antes de iniciar as obras, previstas para o primeiro trimestre do ano que vem. Além disso, a Prefeitura afirma que a comunicação com os empresários locais antes do início oficial das construções faz parte do cronograma do projeto. Enquanto a Vale ressalta que os órgãos competentes autorizaram os trabalhos de sondagem e topografia no local. Confira os pronunciamentos:

“Como as obras estão previstas para iniciar no primeiro trimestre de 2024, estão no cronograma da Vale reuniões setoriais com os moradores e comerciantes. Vale ressaltar que os trabalhos concentram dentro do “Mergulhão”. Portanto o local está  interditado apenas para a passagem de veículos. As vias laterais ao “Mergulhão”, além da ciclovia e escada para pedestres estarão livres, sendo assim a circulação de ciclistas e pedestres estará liberada. A previsão é que os trabalhos sejam concluídos até o dia 8 de outubro”, respondeu a Prefeitura.

Os trabalhos de sondagem e interdição temporária da Avenida Minas Gerais são necessários para o projeto do viaduto que será construído na região. O local será devidamente sinalizado, e as alterações foram autorizadas pelos órgãos competentes. A Vale mantém o diálogo com os moradores, que também podem entrar em contato com a empresa pelo telefone 0800 285 7000“, informou a Vale.

Comments 3

  1. Fabri says:

    O problema é que não é possível realizar a obra sem a interdição do trecho. As pessoas que reclamam do caos do trânsito agora querem impedir a obra inclusive com ações judiciais

  2. Vinicius says:

    Nada estar bom , antes era quando chovia e o mergulhao alagava , era uma reclamação valida , mas agora com essa interdição que e para a obra do viaduto, não tem sentido.

  3. Reginaldo Celestino says:

    Boa tarde nada está bom povo só reclama, reclama , reclama

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