Palestrantes defenderam a divulgação de informação verdadeira, ética e de qualidade para preservar a democracia
O quarto e último painel do evento “Sessão Informativa para Embaixadas: o sistema eleitoral brasileiro e as Eleições de 2022” tratou do fortalecimento institucional e do combate à desinformação. O painel foi conduzido pelo ministro Sérgio Banhos, tendo como palestrantes a secretária de Comunicação e Multimídia, Giselly Siqueira, e o assessor especial de Enfrentamento à Desinformação, Frederico Alvim.
Sérgio Banhos destacou que as mídias sociais, ao mesmo tempo que multiplicaram a velocidade e o acesso à informação, favoreceram a veiculação da desinformação como estratégia política. “A criação e a divulgação de notícias falsas para prejudicar adversários não é um fenômeno novo, ele sempre existiu. A diferença é que, com a internet e as redes sociais, a divulgação de informações maliciosas passou a ser mais rápida, mais fácil, mais barata e em escala exponencial”, observou.
Segundo o ministro, não há como desconsiderar a força dessa nova realidade, assim como não existe bala de prata contra notícias falsas. “A melhor saída é a mobilização do bem para coibir a manipulação ardilosa do voto do eleitor e não permitir que a força da mentira vença a realidade dos fatos”, afirmou Banhos.
Fortalecimento institucional
Em seguida, Frederico Alvim detalhou aos diplomatas estrangeiros o funcionamento e as estratégias empregadas pelo TSE no Programa de Fortalecimento Institucional, iniciativa que passou a fazer parte da agenda da Justiça Eleitoral (JE) de forma permanente em 2021. Ele ressaltou que o fortalecimento da instituição e o enfretamento da desinformação são ações estratégicas da JE.
Alvim reconheceu a dificuldade de se combater o volume crescente de notícias falsas que circula nas redes sociais e lamentou o fato de a JE ter virado alvo prioritário de campanhas difamatórias proliferadas em ações orquestradas. “É preciso mobilizar uma grande base para conter a desinformação antidemocrática”, afirmou, ressaltando que, ao contrário dos difamadores, a Justiça Eleitoral atua com comunicação ética, verdadeira e não violenta.
Fatos contra boatos
Giselly Siqueira explicou como o TSE trabalha para combater as informações falsas referentes ao processo eleitoral utilizando o planejamento, a organização e a mobilização. Também destacou as ações permanentes da Secretaria de Comunicação e Multimídia para desmistificar os boatos sobre a urna eletrônica e a Justiça Eleitoral.
Ela também ressaltou a importância das parcerias firmadas com veículos de imprensa, plataformas e agências de checagens para a disseminação de informações verdadeiras, de qualidade e em linguagem acessível a todos os segmentos da população. Salientou, ainda, que o combate à desinformação na Justiça Eleitoral é um trabalho contínuo e permanente.
“Trabalhamos com diversas parcerias com foco em reduzir o impacto negativo e o potencial de viralização das notícias fraudulentas e desinformativas que buscam enfraquecer as bases da democracia”, afirmou.
MC/LC, DM