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Com supervalorização dos veículos pós-pandemia, motoristas optam mais pela locação

Pessoas físicas e jurídicas que prestam serviços com o uso de carros são as principais adeptas da locação

Comprar um carro é o sonho de muitos brasileiros que necessitam do próprio meio de transporte. Mas, quando falamos em gastos, o desânimo bate. Ainda mais se a intenção do motorista for utilizar o veículo como ferramenta de trabalho. Afinal este é um bem que custa caro ao bolso do trabalhador. Então, como uma forma de driblar o alto investimento, alguns motoristas preferem aderir ao aluguel do automóvel.

Este é o caso do servidor público Éverton Gonçalves. Em seu tempo livre, o valadarense costuma ganhar um extra e, para isso, trabalha como motorista de aplicativo. O detalhe é que o servidor não possui carro próprio. Mas, em janeiro deste ano, ele encontrou em um site de aluguel de veículos a solução que precisava.

“Os benefícios que eu pude ver são a questão de eu poder economizar com os gastos. Já que eu não tenho condição de financiar um veículo, achei mais prático estar alugando um veículo e pagar conforme a diária. E, através dessa locação, eu pude ter uma oportunidade, uma facilidade, de estar locando para passeio, para serviço diário como Uber ou alguma coisa assim”, comenta.

Éverton Gonçalves descobriu esta opção em um site valadarense de aluguel de carros – FOTO: DRD/ TV Leste

Mercado pós-pandemia

Dados da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla) indicam que a procura por este serviço aumentou. De acordo com a Abla, em 2021, houve 33,5% locações de veículos a mais do que no ano anterior.

E, pelo visto, esse crescimento refletiu na empresa de locação de carros do Wesley Rosa, que fica no bairro Vila Rica, em Valadares. Além disso, segundo o empresário, os clientes têm optado mais pela locação a longo prazo. Ou seja, em vez de alugar o automóvel para passar somente um fim de semana ou passear, o motorista faz um contrato mensal.

“Até porque a locação mensal sai mais em conta. A locação fracionada sai mais cara um pouco. Mas a gente tem percebido que, depois da pandemia, com a supervalorização dos veículos, essa procura pela mensal aumentou. E, consequentemente, com a supervalorização, a manutenção aumenta também. Então para manter um carro, hoje, fica bastante caro. Os clientes estão vendo que é mais viável a locação de carros”, observa Wesley Rosa.

Segundo Wesley Rosa, a procura maior tem sido por carros automáticos e confortáveis – FOTO: DRD/TV Leste

Wesley Rosa também explica o que é necessário para alugar um veículo. Segundo o empresário, o cliente deve apresentar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e um caução [garantia] para cobrir gastos em caso de pequenos danos. “Em resumo, na locação, o estado em que você pega o carro, você tem que devolver o carro”, pontua.

Supervalorização de veículos

A pandemia de covid-19 afetou fortemente a produção e, por consequência, o preço final dos veículos. Diante disso, nos últimos dois anos, os automóveis sofreram um aumento de pelo menos 30% nos preços. Desse modo, os famosos carros populares, que, há dois anos atrás, custavam cerca de R$ 35 mil numa concessionária, atualmente, podem custar em torno de R$ 50 mil.

O que compensa mais?

Em meio a tantas dúvidas acerca da compra ou aluguel de um veículo, a principal delas é: o que compensa mais?

Para a resposta desse questionamento, que não é tão simples assim, contamos com a ajuda do economista Marcos Aurélio Gonçalves. Sendo assim, o especialista em finanças faz questão de destacar que a solução nem sempre é alugar um carro. Afinal, o fato de “compensar ou não’ vai depender do objetivo principal do comprador. Segundo Marcos Aurélio, o aluguel é financeiramente vantajoso apenas a quem usa o veículo como fonte de renda – caso do Éverton Gonçalves, que conhecemos no início da matéria.

Segundo Éverton Gonçalves, para alugar o carro durante um fim de semana, ele desembolsa cerca de R$ 600. No entanto, ao trabalhar como motorista de aplicativo nesse intervalo de tempo, chega a faturar R$ 2000. O que, de acordo com o economista Marcos Aurélio, é um ótimo investimento.

Contudo, se o assunto é uso próprio, como passeios, por exemplo, o certo é analisar. “Quem vai trabalhar, gerar renda com aquilo, coloca isso como um custo da produção dele. Ele vai ter aquele ônus todo mês. Aluguel, acabou, ele entrega o carro e não tem mais despesa. Tem o lucro dele, a margem de lucro dele ali. Então para trabalho sim. Agora, questão social, não. Não é viável, porque ele não tem um retorno, não gera uma renda com esse aluguel do veículo”, destaca.

Por fim, o economista deixa uma dica de ouro a quem não tem um automóvel e deseja comprar ou alugar. Confira:

VÍDEO: DRD/TV Leste

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