Com a proximidade do período eleitoral, população valadarense faz suas reivindicações

O período de registro de candidaturas vai de 31 de agosto até 26 de setembro. Um dia depois começa o período de propaganda eleitoral. Com isso, a busca por votos se intensificará

por Fábio Velame

Devido a pandemia que assola o mundo, as eleições municipais de 2020 no Brasil tiveram a data transferida. Inicialmente marcada para 4 de outubro (1º turno) e 25 de outubro (2º turno), as eleições ocorrerão nos dias 15 de novembro (1º turno) e 29 de novembro (2º turno). O Diário do Rio Doce ouviu reivindicações de pessoas com idades e profissões diferentes, em Governador Valadares.

Breno Coelho tem 43 anos, é profissional de Educação Física e reside no bairro Vila do Sol. As reivindicações dele abordaram vários pontos. “Político não pode ser visto como uma profissão, creio que esse tipo de trabalho deveria ser voluntário, ou, no máximo, receber um salário mínimo. Espero que esses políticos estejam dispostos a diminuir suas regalias, além de desenvolver um trabalho na linha de combate à corrupção. E que realmente tenham a preocupação de ver o povo sair do sofrimento, que o dinheiro de impostos e demais arrecadações seja revertido em trabalhos para a população. Vejo também que a nossa cidade precisa de uma indústria, uma fábrica, uma montadora de carros, alguma coisa nesse sentido, para que se aumente os empregos. Também quero destacar uma promessa antiga, que é a duplicação da BR-381, que vem de Belo Horizonte e tem que chegar até a nossa cidade”, disse.

Verônica Maria é assistente social, tem 52 anos e reside no bairro São Paulo. Além de opinar sobre o desempenho do político, ela também não esqueceu do papel do eleitor. “Que os candidatos possam assumir um compromisso com a população de maior vulnerabilidade, se isso acontecer, já será um bom caminho a ser percorrido. O povo cansou de promessas, cansou de candidatos que não entendem das reais necessidades da população. Um representante comprometido precisa ter um olhar para as vulnerabilidades que assolam a sociedade. É necessário que o povo também faça a sua parte, como verificar e acompanhar a trajetória dos candidatos, conferir de fato se esses candidatos possuem o entendimento sobre políticas públicas e dos direitos e deveres de cada cidadão. Nossa cidade carece de grandes investimentos e, nós como sociedade, almejamos maior investimento no mercado de trabalho. Vejo que ainda falta campo de trabalho para os jovens. O público idoso também precisa ser lembrado com políticas públicas específicas que os alcance. Entendo que também falta um trabalho mais árduo para melhorar o saneamento básico de nossa cidade”.

Verônica Maria é assistente social e entende que políticas públicas destinadas ao público mais vulnerável seria importante (foto: arquivo pessoal Verônica Maria)

O administrador Tiago Isac tem 30 anos e reside no bairro Santa Efigênia. Ele ressalta a falta de prioridade para a população carente. “A cidade precisa de um governante que olhe para a saúde do seu povo, que olhe para minoria, para as comunidades e que não abandone quem mais precisa. Enxergamos várias políticas voltadas para a área central, mas quem visita as comunidades enxerga muita pobreza, muito abandono. Não consigo entender como as ações voltadas para quem mais precisa não são prioridades. O reflexo vem com aumento da violência, fome e morte de filhos cada vez mais cedo. Espero que os eleitos assumam a responsabilidade nesses próximos quatro anos e, tenha, sobretudo, humanidade”.

O analista de suporte Pedro Rodrigues, tem 19 anos e reside no bairro Grã-Duquesa. Ele terá a oportunidade de votar pela primeira vez. “Embora seja a primeira eleição que irei exercer meu direito ao voto, é nítido o quão saturado está o mercado político. Como eleitor, espero menos propostas subjetivas e mais propostas diretas. Espero que os candidatos não se esqueçam que são apenas um representante do povo e tenham sempre em mente mudanças que estejam ao seu ponto de alcance, evitando uma desilusão com o eleitor, como tem acontecido frequentemente”.

Pedro Rodrigues terá a oportunidade de voltar pela primeira vez (foto: arquivo pessoal Pedro Rodrigues)

O professor universitário Diego Martins tem 30 anos e reside no bairro Nossa Senhora das Graças. Ele espera que sejam apresentadas propostas realistas que visam o desenvolvimento da cidade. “A grande reivindicação que fazemos aos candidatos é de um projeto de desenvolvimento para nossa cidade e que traga oportunidade de emprego e renda ao trabalhador. Condições essas que iriam trazer uma vida digna para o povo de Valadares. Que os candidatos apresentem propostas concretas, com mecanismos e soluções, para que possamos ter oportunidades de trabalho, e que, a renda da população cresça. Isso implica em investimentos públicos em infraestrutura urbana, melhoria dos equipamentos públicos, bem como, da prestação dos serviços públicos, além, do aprimoramento de processos burocráticos no município”.

Já o pastor presbiteriano João Carlos Júnior, de 34 anos, reside no bairro Santa Helena. Ele entende que o candidato necessita de convicção sobre o trabalho que foi escolhido. “Eu tenho como reivindicação dos nossos políticos que eles sejam convictos de sua vocação, honestos consigo mesmos, buscando capacitação e competência para exercerem essa nobre função”.

O pastor presbiteriano João Carlos Júnior deseja que os candidatos busquem capacitação para exercer a função (foto: arquivo pessoal João Carlos Júnior)

Eleitorado em Minas Gerais

No site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), consta que Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do Brasil, com 15.889.559 eleitores. Só os municípios com mais de 200 mil eleitores poderão ter o segundo turno se for necessário. Governador Valadares tem contabilizado um eleitorado de 213.886, o nono maior do Estado e, com isso, pode ter o segundo turno em caso de necessidade.

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