Candidatos temem ser prejudicados com cargos suspensos no Concurso da Prefeitura

Mesmo com candidatos aprovados, cargos ainda não foram homologados por causa de ações que estão em andamento na Justiça

O concurso público da Prefeitura de Governador Valadares ainda não foi completamente homologado. A homologação parcial aconteceu no dia 26 de maio, mas alguns cargos ficaram de fora do momento tão esperado pelos candidatos aprovados. Os cargos de Pedagoga Analista, Pedagoga Escolar, Professor Municipal II – Anos Iniciais, Professor Municipal II – Educação Física, Professor Municipal II – História e Professor Municipal ll – Inglês estão temporariamente suspensos.

Isso aconteceu porque esses cargos têm ações judiciais em andamento, que questionam justamente a classificação final e, caso sejam consideradas procedentes pela Justiça, podem alterar o resultado do concurso. O motivo dos recursos são cinco questões da prova de Conhecimentos Gerais, que já foram anuladas para outros cargos porque o conteúdo delas não constava no edital. Entretanto candidatos que são contrários à anulação, afirmam que não se trata da mesma situação e que os recursos são ilegítimos.

Recursos começaram por consequência de erro da banca examinadora

Marcos Vinícius Teixeira, aprovado como professor de Educação Física

“O que houve foi um equívoco da banca quanto aos cargos de professor de Língua Portuguesa e Informática Educacional. Em ambos, no conteúdo programático de Conhecimentos Gerais, não consta questões de Português para professor de Português e não consta questões de Informática para o professor de Informática educacional, pois essas questões fazem parte do conteúdo Conhecimentos Específicos e não gerais. Porém para os demais cargos de professor, consta no edital conteúdo programático “Conhecimentos Gerais” 5 questões de Português e 5 de Informática. Diferente do edital dos cargos onde teve questões anuladas”, explica Marcos Vinícius Teixeira, que foi aprovado para o cargo de professor de Educação Física.

A partir daí é que começa a confusão. “Alguns candidatos não aprovados entraram com ações junto de seus advogados, pedindo uma anulação completa das questões de 11 a 15 (Língua Portuguesa) e 16 a 20 (Informática), alegando simplesmente que, pelo fato das questões serem idênticas, elas teriam que ser anuladas em vários cargos do edital 001/2019”, explica Marcos.

Assunto das questões constava no conteúdo programático para os cargos

“Eu entendo que esse pedido não pode se justificar, pois nos demais cargos do edital, os conteúdos citados constam no Programa de Estudo de Conhecimentos Gerais, ou seja, nenhum candidato foi pego de surpresa com essas questões”, destaca Carla Fernandes, candidata aprovada para o cargo de Professor Municipal II – Anos Iniciais.

Carla Fernandes, aprovada para o cargo de Professor Municipal II – Anos Iniciais.

Outro ponto que chama muito atenção é o fato de no dia 29 de maio terem sido homologados em diário oficial outros cargos do edital 001 – 2019: Professor Municipal II – Matemática, Ciências, Ensino Religioso, Artes e Geografia e Inspetor Escolar. Esses cargos contêm as mesmas questões de 11 a 20 já citadas. Mas por não terem representante com liminares na Justiça, os mesmos foram homologados, explica Carla.

Candidatos temem ser prejudicados com anulações indevidas

De acordo com ela, isso só reforça que não existe motivo para a anulação das questões. “Eu me sinto lesada, uma vez que a banca já havia publicado o relatório de classificação final, e fui aprovada dentro das vagas. E depois dos processos, suspenderam os mesmos por tempo indeterminado, sabendo que o concurso tem a duração de dois anos. Como posso esperar por uma decisão que não tem previsão de ser resolvida?”.

“Estão em jogo meus sonhos, anos de estudo, dinheiro gasto em cursinhos, desgaste físico e emocional. Tudo isso por uma decisão que pode estar sendo deferida injustamente. Os impetrantes mostraram ao juiz apenas o caderno de provas com as questões que realmente são idênticas, porém não mostraram o real motivo da anulação. Então seguimos confiantes de quando os responsáveis legais tiverem acesso a todas as provas do edital, essa situação será resolvida e nossa conquista enfim será saboreada”, conclui Carla.

O Diário do Rio Doce entrou em contato com a Prefeitura de Governador Valadares e com a MSM Consultoria, empresa responsável pela aplicação do concurso. Até o fechamento desta matéria, nenhuma delas se posicionou sobre o assunto.

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