Os clubes aprovaram ontem, durante o Conselho Técnico da Série A do Campeonato Brasileiro, a proposta da CBF para que todos os 380 jogos da edição deste ano tenham o uso do árbitro de vídeo, popularmente conhecido como VAR (sigla em inglês para “video assistant referee”). A entidade vai arcar com os custos de tecnologia e infraestrutura, e as equipes vão ficar responsáveis pelas despesas de pessoal dos profissionais que vão operar a ferramento.
O árbitro de vídeo, que foi a principal novidade da Copa do Mundo da Rússia no ano passado, começou a ser usado no Brasil ainda em 2017. De lá para cá, foram 21 jogos com VAR no país: 13 na Copa do Brasil, três no Campeonato Carioca; dois no Campeonato Pernambucano; um no Campeonato Catarinense e outro no Campeonato Gaúcho.
O VAR chegou a ir a votação para o Campeonato Brasileiro, mas foi vetado pelos clubes com o placar de 12 a 7. Na época, o custo ficaria inteiro com as 20 equipes. Para este ano, a CBF mudou a proposta e decidiu se responsabilizar por arcar com os valores referentes à tecnologia e à infraestrutura, oferta aceita por todos os 20 clubes. O custo estimado para cada um deles é de R$ 350 mil para ter o árbitro de vídeo em todos os 19 jogos como mandante no campeonato.
Em votação mais cedo ontem, os clubes vetaram a proposta da CBF de limitar a uma troca de técnico por equipe durante a edição deste ano do Brasileirão. As equipes também aprovaram o limite de 40 inscritos na competição, mas com duas ressalvas: está liberado o uso de jogadores sub-20 e é possível fazer cinco substituições na relação ao longo do torneio.
Outra novidade será a Supercopa do Brasil, novo torneio que vai opor o campeão do Campeonato Brasileiro e o campeão da Copa do Brasil no início da temporada seguinte – jogo único em local previamente determinado. A CBF divulgou a criação da nova competição na última quinta-feira.