Câmara Municipal de Ipatinga debate aumento de denúncias de abuso e exploração sexual

Os registros do número de casos de exploração e abuso sexual cresceram 20% nos meses de janeiro a abril de 2022. A informação foi dada pelo representante do 14º Batalhão de Polícia Militar, capitão Lázaro Filho, durante audiência pública que debateu o tema na Câmara Municipal de Ipatinga, nesta terça-feira (17/5).

O capitão ainda afirmou que em 2021 houve um aumento de 12% de denúncias em relação a 2020. “Estamos apenas nos primeiros meses do ano, mas o apurado já mostra que está havendo maior número de denúncias de casos que nos anos anteriores. Apesar disso, não é uma estatística que demonstre a realidade, pois esse tipo de crime normalmente se configura dentro de casa”, disse.

Audiência pública

Participaram da audiência a delegada da Mulher, Idoso e Criança, Ana Paula Passagli; o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança, Flávio Elias; o secretário-adjunto de Assistência Social, Mauro Nunes; a vereadora Cida Lima (PT) e representantes dos conselhos constituídos em favor da infância.

Segundo o vereador Ademir Claudio (DEM), dados da Secretaria Nacional de Direitos Humanos mostram que a subnotificação é muito alta. “Para cada caso denunciado, estima-se que 20 estão subnotificados, o que nos choca profundamente, pois, se 87% dos casos acontecem no seio da família, é importante que fortaleçamos os canais de denúncia, que falemos sem cessar sobre o tema, para encorajar os casos omissos”, disse o parlamentar.

Dentre as prevenções debatidas, estão: organizar um grupo de estudo para verificar a implantação da escuta especializada às vítimas e buscar um constante treinamento para que professores saibam identificar os sinais da criança abusada. “Porque a escola é um ambiente muito propício para essas vítimas falarem, já que o mal ocorre muito dentro de casa”, disse Cleoneide Oliveira, coordenadora da Escola Profissionalizante Tenente Osvaldo Machado (EPTOM).

Outra demanda diz respeito ao acolhimento às vítimas. “A pessoa abusada não pode ser atendida de qualquer forma. Temos muito o que avançar e nossa luta passa por isso também”, afirmou Cleoneide.

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