IPATINGA – Um homem, de 29 anos, investigado por feminicídio e tráfico de drogas, foi preso na Colômbia após uma ação coordenada entre as autoridades brasileiras e internacionais. Alef Teixeira de Souza, que estava foragido, é alvo de uma Difusão Vermelha requerida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Ele é acusado de crimes ocorridos em Ipatinga e São Paulo.
Na segunda-feira, dia 14, durante coletiva de imprensa, a Polícia Civil havia informado que Alef teria sido preso na Costa Rica. Além disso aguardava a decisão das autoridades locais para a extradição do brasileiro. Mas, segundo o que o Ministério Público informou, nesta quarta-feira (16), o brasileiro foi preso de forma efetiva na Colômbia.
Prisão na Colômbia
Após meses de investigação, as autoridades costarriquenhas efetuaram a prisão de Alef nesta semana, no dia 13. Mas a polícia o liberou devido à legislação local. No entanto o homem foi para a Colômbia, onde foi preso nessa terça-feira (15). A Justiça brasileira pediu sua extradição para que possa enfrentar as acusações e responder pelos crimes perante à lei.
Histórico de crimes
De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público, o homem é acusado de um feminicídio, ocorrido em abril deste ano, no município de Ipatinga. A vítima, Rafaella Cristina Miranda Sales, de 34 anos, teria sido submetida a doses elevadas de drogas e sofrido agressões físicas constantes, incluindo asfixia por esganadura e tortura. As filhas da vítima teriam testemunhado o relacionamento abusivo.
Ainda segundo as informações do Ministério Público, após a morte da mulher, o homem teria assumido o controle das redes sociais da vítima. Ele enviava mensagens e vídeos aos familiares fingindo que ela estava bem. Usando até mesmo o perfil da vítima, ele comunicou o falecimento. Em seguida desativou todas as contas.
Acusações
O Ministério Público, responsável por acompanhar todo o processo deste caso, apontou as possíveis acusações contra o réu. Inclusive homicídio com qualificadoras cruéis, recurso que dificultou a defesa da vítima, e feminicídio.
As penas para esses crimes podem atingir até 30 anos de reclusão. Além disso, ele também é acusado de tráfico de drogas, com pena de cinco a 15 anos de prisão. O caso é um lembrete da importância de combater a violência contra a mulher e o tráfico de entorpecentes, visando a justiça e a segurança de todos.