Brasileiro foragido da Justiça é preso nos Estados Unidos; ele foi condenado por homicídio

FOTO: Freepik

Homem condenado por homicídio qualificado foi incluído na lista da Interpol e pode ser deportado para o Brasil

INHAPIM – Um brasileiro condenado a quase 26 anos de prisão por homicídio qualificado foi preso nos Estados Unidos, após ação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A captura foi possível graças à solicitação da Promotoria de Justiça de Inhapim, que requisitou a inclusão do nome do foragido na Difusão Vermelha da Interpol, mecanismo utilizado para localizar e prender procurados internacionalmente. As informações foram divulgadas nessa quarta-feira (28).

Sobre o crime

O promotor de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, responsável pelo caso, afirmou que a medida foi necessária devido à fuga deliberada do condenado após a sentença. A prisão representa um desdobramento importante no caso que chocou a pequena cidade de Inhapim, no Leste de Minas. O crime ocorreu em 20 de outubro de 2016, no Córrego dos Elias, zona rural do município, e teve requintes de crueldade. De acordo com o Ministério Público, o homem preso nos EUA e um comparsa invadiram a casa da vítima, onde ela estava com a esposa grávida e familiares. Simularam um assalto e, em seguida, isolaram a vítima, efetuando quatro disparos de arma de fogo.

Segundo as investigações, a motivação do homicídio foi torpe e envolveu recurso que dificultou a defesa da vítima, características que configuraram o duplo qualificativo da acusação. Os agressores, conforme o inquérito, agiram a mando de um terceiro, que teria se envolvido em desentendimentos com outra pessoa. A vítima foi possivelmente confundida com o verdadeiro alvo, devido à semelhança física. O homem procurado foi condenado, em coautoria, a 25 anos e 11 meses de reclusão em regime fechado, no dia 31 de março de 2025.

Deportação

O promotor Jonas Monteiro afirmou que a extradição e deportação do condenado está em fase de tramitação. O nome e a localização exata do preso nos Estados Unidos não foram divulgados pelas autoridades brasileiras, por se tratar de procedimento sigiloso no âmbito da cooperação internacional.

A expectativa é que, uma vez concluídos os trâmites com o governo americano, o foragido seja deportado ou extraditado, conforme o entendimento jurídico adotado entre os países. O Brasil e os Estados Unidos não têm acordo formal de extradição para nacionais, mas em alguns casos, como o atual, a deportação pode ser viabilizada com base em tratados de cooperação ou por decisão soberana do país estrangeiro.

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