Após Black Friday, lojistas preparam estratégias para o Natal

Com a cidade ainda classificada na onda vermelha, comerciantes buscam soluções para alcançar boas vendas no último mês do ano

O mês de dezembro começa amanhã e os lojistas já se movimentam na expectativa do Natal, data considerada muito boa para as vendas. Por causa da pandemia que se arrasta desde o mês de março, o comércio no geral tem passado por momentos muito difíceis. A esperança dos comerciantes é acertar nas estratégias para conseguir um bom volume de vendas.

Neste último mês do ano, as pessoas se tornam mais solidárias e existe o costume de presentear familiares, amigos e colegas de trabalho. Além disso, o consumo aumenta bastante, principalmente por causa das festas de fim de ano e também porque os trabalhadores têm o 13º salário pago.

Proprietário de uma loja de artigos esportivos na avenida JK, Junivaldo Dias de Freitas conta que a aposta, neste momento de pandemia, é de vendas online com atendimento rápido.

“A estratégia que a gente já vem traçando é de vendas online usando Whatsapp, Instagram e Facebook e fazendo uma boa logística para realizar as entregas grátis. Hoje o cliente não quer pagar mais que o valor do produto. Já montada há tempos, nós temos que bater firme na proposta certa e sem demora no atendimento do cliente, que quer sempre rapidez”, disse.

Junivaldo também ressalta a importância de fazer as compras corretas, sem deixar a possibilidade de produtos agarrarem no estoque, um desafio neste tempo difícil de restrição e prejuízos, já que existe o receio de não saber o que vai acontecer até o Natal.

“Agora é o desafio novo, que é o Natal, já que o comércio vem fraco devido à pandemia. Agora que vai ‘separar as crianças dos adultos’, e o comerciante que souber fazer essa estratégia, de estar comprando a coisa certa para o cliente certo, vai conseguir sobressair diante dessas circunstâncias. Então, vamos deixar a loja abastecida, mas sem muito estoque, pois não sabemos o que vai vir pela frente. Já perdemos a semana da Black Friday, e o medo é de chegar aos dias do Natal e ter um lockdown. Então, as coisas têm que ser bem pensadas, não deixando faltar produto na loja, mas sem esbanjar.”

Fernanda Diamantino já traçou os planos de vendas para o último mês do ano (Foto: Fábio Velame)

Fernanda Diamantino é proprietária de uma loja de roupas e acessórios femininos e masculinos localizada na avenida Itália, no bairro Grã-Duquesa. Ela reconhece o período difícil, mas já tem planos para tentar vencer este momento, oferecendo boas condições de compras aos clientes.

“Realmente, as coisas no comércio estão bem complicadas, e a expectativa e a realidade são coisas bem distintas. Nós estamos trabalhando desde o início da pandemia para proporcionar condições, qualidade e preço. Estamos focados nisso aí, dar essa condição ao cliente de fazer as compras e não passar o Natal batido, que é uma época onde família e amigos se reúnem. Nós aqui estamos trabalhando com promoções de descontos, condições de pagamento e entregando o produto até o cliente sem ônus algum. Dependendo do valor da compra, tem a possibilidade de ser pago em até 10 vezes sem juros no cartão.”

Para Fernanda, isso ajuda aquela pessoa que quer fazer uma compra maior, para presentear filho, marido. “A questão de descontos, colocamos a nossa ala masculina em promoção. Comprando duas peças, tem o brinde de uma terceira peça. Estamos pensando no que podemos fazer para proporcionar ao público e movimentar o comércio, sem esquecer das opções de produtos mais em conta, como os acessórios. Às vezes a pessoa quer dar apenas uma lembrancinha aos colegas de trabalho, por exemplo. Então, nós também disponibilizamos produtos desse tipo. Estamos proporcionando isso e agregando valores no que nós já temos.”

Natal Iluminado incerto

O presidente da Associação Comercial e Empresarial (ACE-GV), Jackson Lemos, explica que, enquanto a cidade estiver na onda vermelha do Minas Consciente, não será possível a ACE-GV programar nada. Por isso eles estão aguardando a próxima deliberação do comitê Covid-19.

“No momento, estamos na onda vermelha do Minas Consciente, e qualquer iniciativa de campanha ou decoração de Natal seria irresponsável, pois causaria aglomeração. Sendo assim, para qualquer decisão de incentivo ao comércio no mês de dezembro, temos que aguardar a decisão do Governo do Estado, na próxima quarta-feira, para saber se ficamos na onda vermelha ou se progredimos para a onda amarela. Aproveitamos a oportunidade para insistir junto à comunidade e aos comerciantes que estão autorizados a funcionar que usem máscara e mantenham o distanciamento, seguindo o protocolo que leva à diminuição da contaminação. Caso contrário, corremos o risco de passar o Natal na onda vermelha, pois a situação é grave e requer atenção e conscientização por parte de todos”, comentou Lemos.

CDL-GV cita pesquisa sobre comportamento

A gerente da CDL-GV, Célia Menezes, destaca pesquisa que mostra o comportamento dos trabalhadores em relação ao 13º salário, mesmo em um ano atípico como tem sido. “Tradicionalmente, o 13º é usado pelos consumidores para as compras de fim de ano. Mesmo em um ano com tantos impactos por conta da Covid-19, uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, em parceria com a Offer Wise Pesquisas, mostra que 32% dos trabalhadores manterão esse comportamento. Por isso, lojista, prepare-se para esse momento e crie estratégias para atrair o cliente, mesmo que para suas vendas on-line”.

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