Aos poucos, setor de hotelaria e pousadas vai voltando à normalidade em Valadares

Empresários do ramo de hotelaria estão otimistas para o ano de 2022

Após um período turbulento, em decorrência da pandemia de covid-19, os hotéis e pousadas de Governador Valadares estão retomando suas atividades. Para voltar a receber hóspedes, o setor precisou adotar protocolos de segurança sugeridos pelos órgãos sanitários. O “novo normal”, apesar do clichê, agora faz parte da rotina de quem trabalha e de quem procura um hotel ou pousada no município. E empresários do ramo de hotelaria estão otimistas para o ano de 2022.

Após Governador Valadares avançar para o Nível de Alerta Baixo para a covid-19, empresários do segmento de pousadas e hotelaria celebram a oportunidade de poder contar com mais flexibilizações, a fim de ampliar a quantidade de hóspedes. Além disso, a maior parte do estado avança para a onda verde do Programa Minas Consciente, o que significa menos restrições nos setores da economia.

Como em outros segmentos, o hoteleiro se sentiu obrigado a refletir sobre o uso do espaço, quantidade de hóspedes, protocolos de segurança, enfim, tudo devido à pandemia do novo coronavírus. Após um ano e meio, o setor projeta uma retomada gradual neste segundo semestre de 2021, e uma normalidade próxima do que foi antes da pandemia em 2022. Ao todo, Valadares tem 30 hotéis e pousadas. Mas, por ora, a volta dos turistas à cidade ocorre de forma lenta.

Para o presidente do Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Governador Valadares, Marcelo Schlaucher, à medida que a vacinação avança, o segmento de eventos e turismo registram uma recuperação com mais intensidade. “Existem algumas restrições, mas estão relacionadas e medidas de segurança, nada que impeça a ampliação do número de hóspedes. Ano passado foi bem rigoroso, mas aos poucos estamos acompanhando o setor retomar. À medida que a cidade também volta a realizar eventos, o setor vai retornando”, afirma.

Marcelo ressalta as iniciativas que auxiliam e impulsionam o setor. “A gente trabalha em busca de fomentar o turismo local. Inclusive, tem um projeto da Fundação Renova para ajudar o turismo da cidade. O que a gente tem notado é que as pessoas estão procurando mais os hotéis do que antes. Claro que isso vai demorar um tempo para ser o que era antes. Até todo mundo ir perdendo o medo de viajar, vai demorar um pouco”, analisa.

Para Daniele Varela, gerente geral de um hotel localizado no bairro Morada do Vale, em Valadares, a expectativa é de que 2021 seja bem melhor do que 2020. De acordo com ela, a pandemia de covid-19 trouxe um novo perfil de hóspede para cidade. “A retomada está acontecendo de forma normal e com um novo perfil de hóspede. A pessoa está ficando mais tempo na cidade. Temos outros perfis, que vão desde hóspede corporativo, que vem para cidade a negócio, o hóspede que passa pela cidade para ficar um dia e depois vai para outro destino, além dos hóspedes que buscam a cidade para turismo e lazer. É importante frisar que, mesmo com a flexibilização, a gente continua com as medidas de segurança desde o início da pandemia. Ainda não estamos com ocupação total. Mas estamos bastante otimistas para que o segundo semestre de 2021 seja melhor do que o ano passado”, disse.

Além dos hotéis, o segmento de pousadas e chalés também foi prejudicado pela pandemia. Empresários foram obrigados a se reinventar durante os períodos mais difíceis, principalmente no segundo semestre de 2020 e primeiro semestre de 2021. É o caso de uma pousada localizada na Ibituruna, destino bastante procurando por turistas. “A gente ainda está trabalhando com as restrições de segurança, não todos os dias da semana, como era antes, mas estamos percebendo que o movimento está voltando, principalmente nos finais de semana. As pessoas estão cansadas de ficar em casa nesse calor e estão buscando ambientes mais ecológicos, com mais espaço, sem aglomerações e mais contato com a natureza. Nas refeições, optamos por servir à la carte, na mesa de cada cliente. Portanto, cada um vai fazendo a sua parte e aos poucos vamos retomando o nosso setor”, explicou a proprietária da pousada, Viviane do Vale.

Em outra pousada, também localizada na Ibituruna, as acomodações aos poucos voltam ao normal, e cada vez mais turistas estão optando por ambientes de paz e sossego. “Finais de semana estamos trabalhando com 100% das ocupações, e durante a semana, 20%. A redução durante a pandemia foi de 30%, mas, graças à estrutura da nossa pousada, não teve muito impacto. A pousada oferece mais espaço, os chalés são separados dos outros. Aumentamos os horários das refeições e do café da manhã. Adotamos, além disso, levar o tira-gosto do hospede à varanda do seu chalé. O ambiente é bem integrado à natureza e próprio para quem está buscado um local de paz e sossego”, afirmou Alejandro Cuattrin, administrador da pousada.

“Hoje nosso público gira em torno de 70%, vindo de fora da cidade. São pessoas buscando destinos mais tranquilos; muitos hóspedes do Vale do Aço ou do Espírito Santo”, ressaltou Alejandro.

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