Já dissemos aqui, em outra oportunidade, que no dia a dia o jovem vai se deparar com algum tipo de droga, e terá que decidir: usa ou diz NÃO a essa experiência que, de antemão, já sabe que transformará a sua vida – para pior.
Enveredando pelo caminho das drogas, estas tornam-se prioridade para o jovem, e a família, os velhos amigos, a escola e a saúde física e mental passam a ser secundários. As drogas mudam a maneira de encarar a vida. O jovem passa a ver os pais de outra maneira, e estes também já não o vêem do mesmo modo.
As drogas dão uma sensação de mudança de ambiente, um falso senso de poder, mas, na realidade, o que muda é o que a pessoa tem dentro de si. Esse vício pode representar a maneira que o jovem encontrou para ser diferente dos pais, e desse modo o leva a criar uma vida secreta fora da família e a admitir outro tipo de figura como autoridade.
Nos nossos relacionamentos com dependentes de drogas, percebemos que essas pessoas mudam a sua percepção da realidade. As que fazem uso de drogas pesadas acreditam nos produtos que consomem e em suas próprias distorções.
Além de todos esses problemas, quando um adolescente abusa de drogas, sua família involuntariamente passa a manter contatos com a polícia, bandidos e traficantes e com outros contextos implicados nessa relação.
Para evitar e/ou minimizar todas essas dificuldades, os pais precisam se informar sobre as drogas: consultando livros, participando de palestras, conversando com ex-usuários e frequentando grupos que tratam do assunto. Assim, terão uma posição definida em relação ao uso de drogas, baseada em seus valores, crenças, experiências e conhecimentos. Não há uma fórmula mágica para determinar quem pode ou não usar substâncias químicas, e como controlar pessoas que querem fazer uso delas. Pois, embora o uso de drogas seja ilegal, as políticas de combate não têm sido efetivas para deter seu avanço.
Muitas pessoas que lutam com a crise de seus adolescentes têm problemas para deter o uso de álcool e drogas, e isso é muito pesado para os familiares.
Eis alguns posicionamentos adotados por pais que lidam com esse tipo de problema:
– Não tolerarei drogas, é ilegal!
– Não tolerarei o uso de bebidas alcoólicas, você é menor de idade!
– Não permitirei que você e seus amigos usem minha casa para se drogarem!
– Não permitirei que você ande com amigos que usam drogas!
Seu posicionamento, já dissemos, vai depender de seus valores, crenças, experiências e do quanto conhece o comportamento do seu familiar adolescente. Você e sua casa são valiosos, e devem ser tratados como tal!
Lembre-se: Você está lidando com uma situação de crise, e isso merece todo o seu “Amor-Exigente”.
Tome um posicionamento sobre o álcool e outras drogas. Busque o apoio de seu grupo. Não argumente. Não explique. Faça sua exigência encontrar uma mudança. Mais uma vez, repetimos, pratique “Amor-Exigente”.
P.S. Neste mês de fevereiro trabalhamos nos Grupos Amor Exigente o 2º Princípio: Os pais também são gente.
Por Heldo Armond
- Grupo de Apoio Amor Exigente | Coordenação local: Berta Teixeira Rodrigues |
- Coordenação Regional: Washington J. Ferreira/Penha
- Reuniões às terças-feiras, das 19h30 às 21h30, no Colégio Franciscano Imaculada Conceição