Alexandre de Moraes inclui Bolsonaro em investigação que apura invasão na Praça dos Três Poderes

FOTO: STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a inclusão do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) na investigação que apura a invasão dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e da Suprema Corte, com depredação do patrimônio público, ocorrida no domingo (8). A decisão do ministro atende ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) como consta no Inquérito 4921

No requerimento enviado ao STF, a Procuradoria justifica que a inclusão de Bolsonaro na investigação se faz necessária para apurar se o ex-presidente teria supostamente incitado a prática de crimes contra o Estado Democrático de Direito em pronunciamento postado em redes sociais no dia 10 de janeiro e, em seguida, apagado. 

Supremo Tribunal Federal após a invasão do dia 8 de janeiro – FOTO: STF

Segundo o ministro Alexandre de Moraes, “a partir de afirmações falsas, reiteradamente repetidas por meio de mídias sociais e assemelhadas, formula-se uma narrativa que, a um só tempo, deslegitima as instituições democráticas e estimula que grupos de apoiadores ataquem pessoalmente pessoas que representam as instituições, pretendendo sua destituição e substituição por outras alinhadas ao grupo político do ex-presidente e, de maneira ainda mais grave, instiga que apoiadores cometam crimes de extrema gravidade contra o Estado Democrático de Direito, como aqueles ocorridos no dia 8/1/2023”, trecho retirado do Inquérito 4921. 

Na decisão, o ministro solicitou à Procuradoria-Geral da República que seja expedido ofício à empresa Meta para que preserve o vídeo postado e apagado, além de metadados e informações sobre seu alcance, para posterior entrega; a oitiva de especialistas em comunicação política de movimentos extremistas para aferir potenciais efeitos de postagens dessa natureza; e a oitiva de especialistas em monitoramento de grupos de apoiadores de Bolsonaro nas redes sociais e nas plataformas whatsapp e telegram, de forma a colher evidências do eventual impacto do vídeo. Sendo assim, caberá à PGR, no prazo de cinco dias, indicar os especialistas para atendimento das providências.

Em relação ao pedido da Procuradoria para realização de interrogatório de Jair Bolsonaro, o ministro explicou que, diante das notícias de que o ex-presidente não se encontra no território brasileiro, esse requerimento será apreciado posteriormente.

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