A inflação é o maior desafio para 83% dos bares e restaurantes no Brasil

Apesar da flexibilização da pandemia neste ano, os bares e restaurantes têm sofrido com o aumento da inflação. Segundo dados da Associação Nacional de Restaurantes (ANR), para 83% dos bares e restaurantes no Brasil a inflação é o maior desafio em 2022. Com o aumento do preço dos insumos e da gasolina, o comércio de comidas e bebidas tem sido forçado a aumentar os valores no cardápio.

A inflação para abril deste ano foi a maior em 27 anos (1,73%), segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A alta foi impulsionada principalmente pelo combustível, que tem provocado um crescimento dos preços, já que o transporte rodoviário é o principal meio de transporte de mercadorias. De acordo com a prévia da inflação para abril, a gasolina subiu 7,51% e o diesel, 13,11%.

Preços X Consumidor

Segundo Marcelo Schlaucher, dono de uma pizzaria e presidente do Sindicato de Hotéis Restaurante Bares e Similares de Governador Valadares, os comerciantes estão felizes com a retomada, mas chateados pela inflação. 

“Estamos felizes por um lado e chateados pelos preços. Os preços elevam às vezes exatamente por conta do combustível, e com isso a inflação se torna ainda maior. Os colegas do sindicato se queixam muito da situação, mas infelizmente não temos controle, é uma lei da oferta e da procura”, afirmou o comerciante.

Ainda segundo Marcelo, a maior dificuldade é lidar com o aumento dos preços dos insumos sem passar para o consumidor. “Ter uma alta dos custos sem passar para o consumidor é um problema sério. Estamos tentando  uma cooperativa de compras para lidar com o preço. No meu caso, os insumos que mais impactaram com o aumento de preço foram o trigo e a mussarela, porque usamos em todos os produtos’, disse.

Já para Elton Araújo, proprietário de um restaurante de comidas saudáveis, o insumo que mais impactou foi o gás de cozinha. “Não passar para os clientes os altos preços é o maior desafio, o empresário precisa encontrar o equilíbrio, porque pode se tornar inviável aumentar demais os preços. Mas é muito ruim, porque causa uma insegurança em ficarmos refénsdessa inflação”, afirmou. 

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