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A década de ouro do alvinegro valadarense

FOTO: Arquivo

Relembre um dos períodos mais marcantes da história da Pantera, que comemora 91 anos

O Esporte Clube Democrata completa 91 anos de história nesta segunda-feira (13). Nesse período de glórias e conquistas, a Pantera teve o auge durante os anos de 1990. Ainda no início da década, o clube conseguiu a façanha de se tornar o melhor time do interior mineiro por quatro anos consecutivos, depois de conquistar o vice-campeonato mineiro em 1991 e o título de tetracampeão do Interior em 1994.

O time valadarense nessa época contava com uma base sólida de um elenco que lutava sempre pelos melhores resultados e grandes feitos, sempre revelando jovens craques que futuramente viriam se tornar grandes personagens do futebol brasileiro.

O ex-atacante Dilmar dos Santos Machado, mais conhecido como Tico Mineiro, foi um deles. Ele nasceu em Belmonte, no Sul da Bahia, e chegou a Valadares ainda na adolescência para integrar as categorias de base do Democrata.

“A minha vinda e identificação com o clube foi através do jogador Borges, em 1993. Cheguei com 17, quase 18 anos, comecei a jogar quando estava nas categorias de base e fui avançando até chegar ao elenco profissional. Fui me estabilizando no time e joguei o Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro, até que apareceram algumas ofertas e eu fui buscar novos ares”, relembra.

Tico ficou por três temporadas na Pantera e acredita que mesmo com passagens pelo Botafogo-RJ e até mesmo times na Alemanha, Coreia do Sul e Portugal, o Democrata possui um legado especial na sua carreira. “Foi muito importante na minha vida. Foi onde dei os meus primeiros passos e eu sou muito grato até hoje”, afirma o ex-atacante.

O elenco do Democrata de 1996 também está gravado na memória dos torcedores alvinegros mais antigos. Além de Tico Mineiro, Roniê e Fábio Júnior (ex-Cruzeiro, Atlético e América-MG) eram outros atletas em destaque que costumavam estremecer os zagueiros adversários com jogadas em velocidade e dribles desconcertantes.

O clube enfrentava uma crise financeira que se arrastou até o final dos anos 90. Por isso montou um elenco de jogadores formados nas categorias de base que sabiam jogar com velocidade e, principalmente, muita qualidade no passe das jogadas. Segundo Tico Mineiro, a temporada foi determinante para que ele se consagrasse artilheiro. “A minha passagem aqui durou de 1993 a 1996. Foram quase quatro anos e acredito que o meu melhor momento com a camisa da Pantera tenha sido no último ano, quando formei um ataque com o Fábio Júnior, que, por sinal, se tornou um grande jogador e, agora, comentarista esportivo. Fomos uma grande dupla”.

Após a sua saída, em julho, Tico foi emprestado em uma negociação entre o Democrata e a Desportiva do Espírito Santo. “Posso dizer que esse foi o meu momento de destaque. Marquei muitos gols e fui emprestado”, comentou.

Ele continuou jogando por times de todo o Brasil até que em 2011 se aposentou enquanto vestia a camisa azulina do CSA de Alagoas.

‘Minha maior paixão é o Democrata’

por LÍVIA SENA

Edvaldo Soares, diretor do Democrata, participa ativamente do clube desde agosto de 2002. Ele conta quais as expectativas para a temporada de 2023. “Apesar de não termos conseguido a Recopa Mineira, porque não tivemos bons amistosos, nosso objetivo maior é ir para a Série C do Campeonato Brasileiro”.

“No entanto temos outros dois objetivos: chegar o mais adiante possível na Copa do Brasil e disputar a final da Série D do Campeonato Mineiro. Não creio que seja muito difícil, estamos bem posicionados e vamos jogar fora para trazer pontos”, completou.

Segundo o presidente, o Democrata ainda precisa de recursos para alcançar alguns de seus objetivos. “Hoje nós temos um campo velho, com um time na Série D e sem um CT para poder fazer a base. Precisamos de uma nova arena e um centro de treinamento, pois ainda não temos espaço físico para fazer o trabalho como deve ser feito”.

“Temos nossas bases, mas ela não joga. Para que esses meninos possam chegar à Copinha (SP), com chances de ter um bom resultado, eles precisam ter competido no infantil e no juvenil, para depois chegarem ao juniores. As despesas dessas viagens são as mesmas do profissional e hoje nós não temos condições. Por isso, temos que buscar um recurso financeiro diferente, como o SAF. Mas as coisas vão acontecer no momento certo”, explicou.

Edvaldo Soares, diretor do Esporte Clube Democrata – FOTO: Arquivo/DRD

Edvaldo ainda contou que há muito tempo sonha com uma arena nova para o Democrata. “Esse sonho da arena é antigo e está na hora disso acontecer. Aqui não é mais lugar de campo. Não falta mais nada; apenas tempo para construir. O terreno já existe, o projeto já está pronto e estamos trabalhando”.

“O recurso para construir é o dinheiro originado daqui. Temos uma empresa orçando e temos o parceiro para fazer. A ideia seria eles construírem a arena, entregar pro Democrata e depois que estiver pronto, eles ficam com o terreno do Mamudão e constroem habitações. É um grande investimento. A cidade só tem a ganhar”, esclareceu.

Há quase 21 anos lutando pelo futuro do Democrata, Edvaldo afirma que o que o move é a paixão. “Eu tenho minha família e os amo, mas a minha maior paixão é o Democrata. Eu podia já ter deixado o clube há algum tempo, mas ele ainda está na estrada. Eu só peço tempo a Deus para que eu consiga ver todos os nossos projetos realizados”.

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