Projeto Nossa Comida Tem História começa neste domingo (5) e integra também as comemorações dos 300 anos de Minas Gerais
A gastronomia é parte indissociável da cultura e da história de Minas. A nossa cozinha típica, com pratos como tutu, tropeiro ou angu com torresmo e couve, se originou há mais de 300 anos, durante o ciclo do ouro e, depois, durante a ruralização do Estado. E nunca mais parou de se reinventar e de dar água na boca.
Essa trajetória secular da culinária mineira, sua diversidade e simplicidade serão destaque na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) neste mês de julho, quando se comemora o Dia da Gastronomia Mineira. A iniciativa também é parte das celebrações dos 300 anos do Estado.
Estreia – Em tempos de isolamento social, o projeto Nossa Comida Tem História será virtual, baseado em conteúdos produzidos pela TV Assembleia. A estreia será neste domingo (5), Dia da Gastronomia Mineira, com a exibição de uma edição especial do Panorama, dedicada aos aspectos histórico e político da culinária mineira. O programa vai ao ar às 7h30 e tem reprise às 16h30.
O presidente da Assembleia, deputado Agostinho Patrus (PV), reforça que a iniciativa vai ao encontro de outras ações do Legislativo que têm como objetivo reduzir os impactos negativos da pandemia de Covid-19 nesse segmento e estimular o acesso à cultura durante o isolamento social.
“Minas é um Estado que carrega consigo a vocação pela culinária. Nossos sabores são reconhecidos nacional e internacionalmente. Em tempos difíceis como este, oferecer oportunidade de entretenimento às mineiras e aos mineiros é também fomentar nossa cultura e valorizar os nossos 300 anos de história”, enfatiza.
Programação tem live com chefs e e-book de receitas
Para produzir os conteúdos do projeto Nossa Comida Tem História, a TV Assembleia usará também como referência live do Instituto Eduardo Frieiro com chefs de renome da Capital e do interior, destacando a matéria-prima de produtores locais e ingredientes de baixo custo e acessíveis à maioria das pessoas.
Assim, será possível contar a história de pratos típicos que se relacionam às diversas regiões de Minas e às fases de evolução da cultura gastronômica do Estado, ao longo dos séculos.
Esses programas permitirão valorizar elementos rústicos, como tubérculos, ervas e mel; abordar nossas heranças culinárias, vindas de índios, portugueses e africanos; reforçar os diálogos inter-regionais e as misturas práticas do cotidiano, unindo quintal e cozinha.
Também será produzido o e-book “Nossa Comida tem História”, com o selo dos 300 anos, que trará receitas de Minas e as suas histórias. E a Rádio Assembleia terá um podcast Politiza sobre o tema. Todas as iniciativas buscam dar visibilidade ao setor e estimular a reflexão sobre suas potencialidades e desafios.
Elas buscam, ainda, suprir o apoio dado pelo Legislativo ao setor nos últimos anos, com a cessão de espaço para a realização de feiras e outros eventos gastronômicos, no mês de julho, para lembrar o Dia da Gastronomia.
O Dia da Gastronomia Mineira foi instituído pela Lei 20.577, de 2012. Ele celebra essa diversidade da nossa cozinha, que se expressa também em festivais e roteiros gastronômicos que deram ao Estado projeção nacional e internacional.
Esse reconhecimento acabou levando Belo Horizonte a integrar a Rede de Cidades Criativas na área da gastronomia, da Unesco.
Parceiros – Além do Instituto Eduardo Frieiro, são parceiros do projeto a Universidade Federal de Minas Gerais, o Ministério Público, os Tribunais de Contas e de Justiça de Minas e a Defensoria Pública.