A primeira semana de provas do 22º Campeonato Mundial de Asa Delta terminou com sabor de êxito para a Seleção Brasileira. A delegação verde e amarela concluiu a metade da competição com o segundo lugar, atrás apenas dos italianos, que voam em casa. O esquadrão tem apoio da Confederação Brasileira de Voo Livre – CBVL.
A meteorologia está surpreendendo positivamente e apresentando variações que aumentam ainda mais a dificuldade técnica do desafio. Também por isso, dos seis primeiros dias do evento, em cinco houve provas válidas pelo certame. O Mundial segue até 27 de julho, próximo sábado, e estão previstos mais cinco dias de voos.
“Os italianos, atuais campeões mundiais, já eram favoritos e até aqui não decepcionaram. Além de uma equipe muito forte, eles conhecem o local, o que lhes oferece uma vantagem gigantesca. Mesmo assim, nossa equipe está mostrando ótimo desempenho, defendendo o segundo lugar desde o primeiro dia. O time inteiro está voando com um só objetivo: colocar o Brasil no pódio”, destaca o team lider Fabiano Nahoum.
Tradição
O Brasil já foi sede da competição em 1991, 2003 e 2017. Além disso, conquistou o título individual com o piloto Pepê Lopes, no Japão, em 1981, e levou o troféu por equipes em 1991, na Itália. Agora, enfrenta a desafiadora região de Tolmezzo, no nordeste italiano, com montanhas altas e escarpadas com muitas pedras agudas expostas ao sol forte.
O principal canal entre os brasileiros fãs de voo livre e a delegação canarinho tem sido o perfil da Confederação Brasileira de Voo Livre (CBVL) no Facebook. Nele há transmissões ao vivo diárias direto da rampa, mostrando a decolagem, comentando as estratégias e até exibindo conversas entre os pilotos. Multicampeões de provas nacionais e no exterior: Eduardo Oliveira, Marcelo Andrei da Rocha, Glauco Pinto, Konrad Heilmann, Álvaro Sandoli e David Brito Filho. Além deles, mais dois atletas independentes integram o time, Massimo Turiaco e Fábio Thomaz. O líder do esquadrão é o carioca Fabiano Nahoum.
Brasileiro vence
O piloto brasileiro Eduardo Oliveira desbancou os favoritos e garantiu a vitória no oitavo dia da competição. A prova teve decolagem na região de Tolmezzo, no nordeste italiano, e atravessou alpes até chegar ao famoso vale de Greifenburg, na Áustria. Dessa forma, os atletas percorreram mais de 210 quilômetros, percurso que Eduardo concluiu 4h17min, com três minutos de vantagem sobre o segundo colocado, o inglês Grant Crossinghann.
“É uma conquista muito gratificante, principalmente por ser no pico mais animal do planeta para o voo de asa delta e com a presença de vários competidores que são campeões mundiais”, destaca o brasileiro. “Essa região é muito linda, bucólica. Estamos abençoados”, completa.