BELO HORIZONTE – As exportações do agronegócio mineiro alcançaram US$ 9,49 bilhões e 10 milhões de toneladas embarcadas entre janeiro e agosto deste ano. Os números representam, no entanto, um acréscimo de 12,5% no volume e uma retração de 7,6% na receita em comparação ao mesmo período de 2022. Além disso o declínio de 17% no preço médio das commodities no mercado internacional influencia o cenário.
Nos primeiros oito meses de 2023, o agro foi responsável por 36,1% das vendas de Minas Gerais no exterior. Os principais destinos da produção agropecuária mineira foram China (US$ 3,3 bilhões), Estados Unidos (US$ 750 milhões), Alemanha (US$ 554 milhões), Japão (US$ 382 milhões) e Itália (US$ 378 milhões). No total, 171 países receberam produtos do estado.
Os itens mais exportados do catálogo em Minas, no intervalo, foram café (36%), complexo soja (31%), complexo sucroalcooleiro (11%), carnes (9%) e produtos florestais (8%). O levantamento é do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).
Líder de exportação
O café, aliás, carro-chefe das exportações do agronegócio mineiro, registrou vendas no valor de US$ 3,40 bilhões. O Estado, dessa forma, embarcou 15 milhões de sacas no acumulado dos oito primeiros meses de 2023.
Soja e sucroalcooleiro
O complexo soja, além disso, segue na segunda colocação do ranking de produtos mais exportados do agro em Minas, seguido pelo complexo sucroalcooleiro. O faturamento das vendas externas da soja em grãos, farelo e óleo somou US$ 2,9 bilhões.
Similarmente, o complexo sucroalcooleiro apresentou receita de US$ 1 bilhão, com expressivo aumento de 39% em comparação ao período de janeiro a agosto de 2022.
Exportação de carnes
O cenário das carnes permanece arrefecido, com US$ 870 milhões e 264 mil toneladas. Os números correspondem às baixas de 25% no valor e 6,5% no volume exportado, no comparativo com janeiro a agosto de 2022.
As carnes bovinas, dessa forma, lideram o comércio exterior no período. Elas registram US$ 601 milhões e 129 mil toneladas, seguidas pelas suínas, com US$ 31 milhões e 14 mil toneladas. A carne suína teve o melhor desempenho no intervalo, com avanço de 43%. A novidade é o Uruguai ter ultrapassado Hong Kong como o maior parceiro comercial na compra do produto.