Em Governador Valadares, entre janeiro e abril de 2023, foram confirmados quase 3 mil casos de dengue. Segundo os dados do Painel Arboviroses: Vigilância Epidemiológica, da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, nos quatro primeiros meses deste ano já são 2.494 casos da doença no município.
A quantidade de casos de dengue registrados neste ano é preocupante e acende um alerta para a população de Governador Valadares e Administração Municipal. Para efeito de comparação, só em 2022 foram confirmados 1.269 casos da doença. Isso significa que em quatro meses de 2023 o município atingiu o dobro do números de casos de dengue em relação ao ano anterior.
Um cenário de risco
As informações divulgadas pela Prefeitura de Valadares do último Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) torna mais evidente que o município tem registrado altos índices de infestação do mosquito, de casos suspeitos e confirmados de Dengue, Zika e Chikungunya, também conhecidas como arboviroses.
De acordo com o levantamento da prefeitura, 7,5% dos imóveis pesquisados têm focos do mosquito. O número é 7 vezes maior do que o orientado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em que recomendam que não seja superior a 1%.
Levando em conta o cenário de risco para as arboviroses, os bairros que apresentaram elevado número de casos notificados são Santa Rita (291), Altinópolis (175), Centro (125), Santa Helena (118), Grã-Duquesa (121) e Atalaia (107). Os demais bairros apresentaram números variáveis de casos notificados, mas todos abaixo de 100 notificações. Segundo a prefeitura, estes locais têm sido áreas estratégicas na intensificação de ações de controle e de monitoramento.
Além disso, a Administração Municipal também aposta nos trabalhos de conscientização da população para ações práticas que impeçam o surgimento de focos do Aedes aegypti ou a proliferação do mosquito.
A enfermeira do Setor de Epidemiologia, Referência Técnica em Arboviroses Fabiana Almeida Leão explica que “é importante ressaltar que ainda estamos em período de sazonalidade para as arboviroses, sendo assim é necessário que os trabalhos de combate ao mosquito se intensifiquem com medidas preventivas, uma vez que há circulação viral e aumento de casos notificados e, para isso, a participação da comunidade é fundamental”.
