Nas últimas semanas, o município de Bertópolis tem vivenciado dias preocupantes para a saúde da população. Isso porque, na zona rural, há pelo menos 2 mortes confirmadas em decorrência do vírus da raiva. As vítimas são crianças, de 5 e 12 anos.
Além disso, outros 2 casos de suspeita da doença estavam sendo investigados na região. Um deles já está confirmado. Somando, agora, 3 casos de raiva registrados em Bertópolis.
Diante dos registros alarmantes do município, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) iniciou uma série de medidas de bloqueio, para combater e evitar a propagação da doença. Dentre estas medidas, está a vacinação de cães e gatos e visita de especialistas aos locais mais propensos. Nas ações de combate, aproximadamente 100 animais de pequeno porte já foram imunizados.
Quanto aos animais de grande porte como bovinos, suínos e equinos, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) segue trabalhando na identificação de sinais de mordedura de morcegos, mortes de animais por problemas clínicos neurológicos, além de informar os moradores sobre importância da vacinação antirrábica nos herbívoros domésticos. Para isso, os profissionais fizeram contato com produtores rurais, informando sobre as formas de prevenção da raiva.
Vacinação de pessoas
Até essa quinta-feira (28), das 1.037 pessoas que residem em uma zona rural de Bertópolis, 982 já haviam sido vacinadas com a primeira dose da vacina contra a raiva. Outras 802 pessoas receberam a segunda dose. A comunidade rural do município de Santa Helena de Minas (vizinho de Bertópolis) também foi imunizada. Portanto dos 989 moradores, 593 foram vacinados com a primeira dose.
“O mais provável é que a origem dos casos tenha sido a partir da exposição acidental a um morcego contaminado. A imunização irá abranger as cinco comunidades rurais na região (Pradinho, Água Boa, Ladainha, Escola Floresta e Topázio), perfazendo um total de 2.500 pessoas distribuídas entre os municípios de Bertópolis, Santa Helena de Minas, Ladainha e Teófilo Otoni”, esclareceu a subsecretária de Vigilância em Saúde da SES-MG, Herica Vieira Santos.
Os trabalho de imunização devem ser concluídos até o fim de maio.
Orientações à população
Ainda de acordo com Herica Vieira, por enquanto não há indícios de que o vírus esteja circulando em outros animais daquela região. Contudo a subsecretária adverte às comunidades sobre as medidas de urgência necessárias em caso de suspeita do contágio: “É importante reforçar que, em caso de acidentes envolvendo mamíferos silvestres e/ou domésticos, a pessoa deve procurar imediatamente um serviço de saúde para avaliação profissional quanto à necessidade de realização de tratamento profilático”, reforça.