Zoonoses vacina cães e gatos na região da Ibituruna após morte de bovino por raiva

A campanha de imunização teve início nessa segunda-feira (25) e já vacinou aproximadamente 50 animais; raiva causou morte de bovino em uma das propriedades

Esta manhã (27) era para ser apenas mais uma de brincadeiras para o Bob. Mas foi dia de visita inesperada. O cachorrinho de estimação do Sr. Adair José, proprietário de um sítio na Ibituruna, foi vacinado contra a raiva. A vacinação ocorreu em razão da confirmação de um caso de raiva animal na região. Desta vez, a vítima do contágio fatal foi um bovino.

Animais de grande porte são comuns na região da Ibituruna. | FOTO: DRD

Por isso, o Centro de Controle de Zoonoses segue fazendo visitas na localidade, com o objetivo de imunizar cães e gatos. E a luta dos agentes de endemia começa desde a chegada, pois as áreas de mata, onde os animais costumam passar maior parte do tempo, nem sempre têm fácil acesso. Mas para o agente Leonardo Oliveira, os empecilhos só não foram maiores do que a importância de imunizar, por exemplo, o Bob.

Bob foi o primeiro animalzinho da casa a receber a vacina nesta quarta-feira (27). | FOTO: DRD
O “Lobinho”, companheiro de Bob, também foi vacinado. | FOTO: DRD

No entanto não foram somente os cães. Contudo para vacinar o gatinho “Kiko”, as técnicas são diferentes. Dessa forma, os agentes posicionam o gato na vertical, com as garras voltadas para algum tipo de apoio, como o escoramento de madeira neste caso.

De acordo com o Sr. Adair José, ele está ciente e preocupado com a notícia de contágio da raiva animal, que assola a região. O aposentado também acredita que a imunização seja a melhor ferramenta de combate. “Com certeza, porque pode evitar várias doenças. A gente tem que manter os cuidados”, comenta.

“Bloqueio” do contágio

Após entrar em cada residência, o médico veterinário Henrique Mendes explicava para os proprietários o motivo da visita. Em conversa com o Sr. Adair José, Mendes chegou a destacar sobre registros de casos de raiva, em humanos, no município de Bertópolis (MG). “A gente que é o setor público da Saúde, está tendo o cuidado de vacinar os animais. Estamos fazendo um bloqueio. Os animais de pequeno porte (cães e gatos) são os principais transmissores”, esclareceu o profissional.

Momento em que veterinário e agentes chegaram à residência do Sr. Adair José. | DRD
Henrique Mendes explica ao proprietário da casa sobre motivo da vacinação. | FOTO: DRD

Contaminação humana em Bertópolis

De acordo com a subsecretária de Vigilância em Saúde, Herica Vieira Santos, devem ser concluídos, ainda nesta semana, os exames acerca de possíveis casos de contaminação pelo vírus da raiva. Os contágios ocorreram na zona rural de Bertópolis, no norte de Minas. Desta vez, em humanos. As vítimas são duas crianças, de 5 e 12 anos. Ambas não resistiram.

Além das crianças que morreram, outras duas contaminações já foram confirmadas no mesmo município. De acordo com o Governo de Minas, apesar do surto, os casos foram considerados “isolados” e não afetaram demais regiões. Sobretudo o governo assegura que os casos estão sendo investigados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).

Sinais da doença

Por fim, o médico veterinário reforça a importância da vacina. Contudo ele alerta sobre os cuidados necessários: “Se a pessoa ver algum morcego caído, não manipular. Mas no caso de bovinos, animais de grande porte, notificar as autoridades competentes [o IMA]. E no caso de pequenos animais, entrar em contato com o Centro de Controle de Zoonoses”, orienta.

Ainda de acordo com Mendes, a raiva causa lesão no sistema nervoso central do animal. Diante disso, os primeiros sintomas são agressividade, sudorese e agitação excessiva.

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