Fim de semana não houve registro de famílias desabrigadas em Valadares por causa da cheia do rio Doce

De acordo com o diretor municipal da Defesa Civil de Valadares, a previsão é que o nível do rio se estabilize até o início da noite desta segunda-feira

O fim de semana que passou foi marcado por alertas no nível do rio Doce, após chuvas que caíram nas cabeceiras do rio e que ocasionaram apenas refluxo, mas não chegou a ter registros de famílias desabrigadas. A última medição da régua do Saae foi às 9 horas de hoje (22), e marcava 2,05m. O diretor municipal da Defesa Civil de Governador Valadares, major Adelson Ferreira, diz que a previsão é que o nível do rio se estabilize até o fim do dia.

Durante o fim de semanam a Prefeitura de Valadares, por meio da Coordenaria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec), soltou algumas notas oficiais sinalizando como estava a situação do nível do rio Doce. Na noite de sábado (20) foi informado que o rio Doce poderia atingir o alerta laranja. Já no domingo (21), outras duas notas, sendo que a primeira foi na parte da manhã e dizia da possibilidade do rio chegar a 1,90m na régua do Saae, e já constava no alerta laranja, enquanto a segunda, já na parte da noite, alertava sobre a possibilidade de o rio alcançar 2,15m na madrugada e oscilaria nesta cota se não houvesse fortes chuvas nas cabeceiras.

O diretor municipal da Defesa Civil de Governador Valadares, major Adelson Ferreira, explica que o fim de semana teve apenas um refluxo, após chuvas nas cabeceiras do rio, sem registros de casas atingidas. “Nós tivemos um fenômeno de chuvas nos três rios que basicamente compõem a bacia do rio Doce, que é o Piracicaba, na região de Nova Era, o rio Doce na região de Ponte Nova, e próximo a Barbacena e Alto Rio Doce, e também na região Santo Antônio. O rio Doce reagiu a isso, e no fim de semana, basicamente na virada da madrugada de domingo para segunda, estamos passando pela cabeça da cheia, o que ocasionou em Valadares um refluxo, mas não tivemos o fenômeno de enchente. Neste momento, a previsão é que até as 14 horas o pico da cheia passe. Podemos chegar a 2,15m, o que seria refluxo ainda, que não atinge moradia, não traz vítimas e não invade residências. A previsão nossa é que o rio volte a estabilizar nessa cota e no início da noite de hoje começar a defluir em recessão”, disse.

Major Adelson Ferreira indica que não há previsão de enchentes por agora e o que houve no fim de semana foi apenas um refluxo (foto: Arquivo DRD)

A Defesa Civil em Valadares trabalha com três cores para identificar o nível de alerta do rio Doce: amarelo, laranja e vermelho. O major conta como é cada uma delas. “Existe um plano de ação para acionar gatilhos e estabelecemos cores. O amarelo é quando o rio chega a uma cota de atenção que nos assusta e dá uma proximidade de cheia. No laranja, é quando o rio está mais elevado e começa a quase provocar o refluxo. Já o vermelho é a medida que começa na faixa de 2,10m. Essas cores são mais para acionar gatilhos de ação do trabalho. Você vê que os boletins a prefeitura solta com cores e isso está interligado à medida do rio”.

Perspectivas de chuvas em Valadares

O diretor municipal da Defesa Civil de Valadares revela que tem previsão de chuvas mais tranquilas na cidade até a quinta-feira (25), mas que no fim de semana a intensidade deve aumentar. “Esta semana está bem tranquilo, hoje 8mm, amanhã a mesma coisa, até quinta-feira com previsão de chuvas mais tranquilas. Para o fim de semana já começa a aumentar a previsão, em torno de 22mm a partir de sexta-feira (26), mas aí já é outra situação, até lá o rio já pode ter baixado e nos preparar para novos adventos”.

O major também ressalta que a Prefeitura de Valadares tem toda uma estrutura de ação para apoiar as famílias ribeirinhas, desde o abrigo, ao transporte, alimentação e tudo que se refere ao suporte de ajuda humanitária. Apesar do registro de refluxo do rio, nenhuma casa foi atingida e não há registro de famílias desabrigadas.

Major Adelson Ferreira destaca que não há indícios de ter enchentes por agora, e que as famílias ribeirinhas apenas se atentem aos anúncios oficiais de órgãos da imprensa e da prefeitura.  “Essa cheia está no seu momento de pico, de agora até as 14 horas pode chegar a 2,15m da régua do Saae, o que representa refluxo em ruas nas partes mais baixas da cidade. O período chuvoso vai de outubro a março, podemos ter mais picos de chuvas e novas cheias, mas a cheia que teve no fim de semana está estabilizada. Outra coisa importante que devemos ressaltar, é que a comunidade ribeirinha do rio Doce, as famílias que moram próximos ao rio e historicamente são áreas alagáveis, devem ficar atentas aos órgãos oficiais de imprensa e as notas da prefeitura. Tem que tomar cuidado com as fake news. A gente pega uma represa que rompe no rio Manhuaçu, aí as pessoas jogam os vídeos como se fosse na cidade”, finaliza.

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