5 anos: Comissão dos atingidos realiza manifestação em Valadares

O Fórum Permanente em Defesa da Bacia do Rio Doce e a Comissão de Atingidos do Território de Valadares realizaram, na manhã desta quinta feira (5), um ato de manifestação na Praça da Bíblia, em frente à Agência Central dos Correios, em Governador Valadares. O objetivo era marcar os cinco anos do rompimento da barragem de Fundão, no subdistrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG). Cerca de 30 pessoas participaram do ato.

Estiveram presentes na manifestação, além de agricultores, ribeirinhos e pescadores de Valadares e região, representantes da Cáritas Brasileira Regional Minas Gerais. Cartazes e faixas de luto foram espalhados em vários pontos ao redor da Praça dos Pioneiros e na ponte da Ilha dos Araújos. 5 anos de impunidade. Crime da Samarco, Vale, BHP” estava escrito em uma das faixas.

Cartazes e faixas de luto foram espalhados em vários pontos ao redor da Praça dos Pioneiros e na ponte da Ilha dos Araújos (Foto: Eduardo Lima)

Ocorrido no dia 5 de novembro de 2015, o rompimento da barragem de Fundão resultou no vazamento de 44 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério ao longo da Bacia do Rio Doce. O desastre provocou a morte de 19 pessoas e uma série de impactos ambientais, sociais e econômicos. “A gente procura a cada ano fazer este ato para esse crime não cair no esquecimento. Mesmo com a pandemia isso não nos atrapalhou”, ressaltou o representante do Fórum Permanente da Bacia do Rio Doce, Wellington Azevedo.

Nos acessos à Ilha dos Araújos, manifestantes pregaram cartazes com cruzes pintadas com cor de lama para lembrar dos 5 anos da tragédia. O mesmo também foi feito na ponte do São Raimundo (BR-116).

Durante todo o ato, os manifestantes cobravam “justiça” e respeito às vítimas.

“Quem foi atingido, quem sofreu com tudo isso a indignação só aumenta. São pessoas que viviam do rio Doce. Se você ver os depoimentos de especialistas que falam da qualidade da água do rio Doce você se assusta; a população corre um sério risco ao consumir dessa água até hoje. Portanto precisamos cobrar das autoridades mais transparência e respeito.”

Wellington Azevedo (Fórum Permanente em Defesa da Bacia do Rio Doce)

No entanto a programação não para por aqui. Às 18h30 haverá um debate on-line: “5 anos: um grito por justiça!”, com a participação do bispo Dom Vicente de Paula Ferreira (Comissão Especial de Ecologia Integral e Mineração da CNBB), frei Rodrigo Péret (Rede Igrejas e Mineração), pastora Débora Blunck (Pastorais Sociais da Igreja Metodista) e do padre Nelito Dornellas (Pastorais Sociais CNBB/Leste 2).

No acesso à Ilha dos Araújos, manifestantes pregaram cartazes com cruzes pintadas com cor de lama, para lembrar dos 5 anos da tragédia

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