O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), 57, foi reeleito para o cargo em primeiro turno nas eleições deste domingo (2). Ele obteve 56,26% dos votos válidos com 98,71% das urnas apuradas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil PSD), 63, ficou em segundo lugar, com 34,98%.
Nas últimas semanas Kalil vinha demonstrando recuperação nas pesquisas de intenção de voto divulgadas pelo Datafolha. As altas, porém, não foram suficientes para levar a disputa à segunda etapa de votação.
O governador Zema foi eleito para o seu primeiro mandato em 2018 na onda do bolsonarismo. O candidato do Novo foi o primeiro filiado à legenda a chegar ao comando de um estado.
Empresário responsável pelo Grupo Zema, um conglomerado de empresas fundado pela família, Romeu Zema chegou a pedir votos para o à época candidato à presidência Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno das eleições daquele ano. O pedido ocorreu mesmo com o Novo tendo em 2018 João Amoêdo na disputa pelo Palácio do Planalto.
Nas eleições de 2022, porém, Zema, depois de passar parte do seu mandato como aliado do governo federal, não quis declarar apoio à reeleição do presidente.
Bolsonaro, de olho na popularidade do governador, tentou montar palanque com Zema em Minas, que se esquivou das investidas, alegando que seu partido já tinha um candidato à presidência, o empresário Felipe D’ávila.
Em seu primeiro pronunciamento depois de reeleito, Zema afirmou que seu segundo mandato será melhor porque terá mais deputados em sua base na Assembleia Legislativa.
Zema calcula que serão 40 deputados aliados, ante 3 na eleição para o primeiro mandato. O governador reclamou também do comportamento da Mesa-Diretora da Assembleia, ao longo de sua gestão. “Fomos sabotados”, afirmou.
A campanha de Zema pela reeleição foi marcada por ataques do governador ao PT, que se aliou a Kalil para a disputa do Palácio Tiradentes nas eleições deste ano. LEONARDO AUGUSTO/FOLHAPRESS