O coworking conta com 32 espaços e visa auxiliar na aceleração de ideias inovadoras de empreendimento; saiba como se tornar um usuário do ambiente
Se desenvolvimento econômico, para o valadarense, é sinônimo de migrar para os EUA, tudo indica que essa realidade pode mudar. Além do comércio variado e intenso, sediamos o primeiro coworking voltado à criação e aceleração de novos negócios na cidade. No entanto, esses empreendimentos estarão focados em um propósito: contribuir para a ciência, a tecnologia e a inovação em nosso município.
Assim, as ideias ganharão forma em um ambiente descontraído, interativo, climatizado e gratuito. O local também possui uma copa, para que os usuários utilizem na hora do lanche. Os cientistas e empreendedores que valorizam o contato mais próximo com a natureza também devem se agradar do espaço, localizado no Parque Científico e Tecnológico Figueira do Rio Doce (na rua Amável Soares, no bairro Morada do Acampamento) e, portanto, com uma vasta área verde no entorno.
De acordo com a secretária de Desenvolvimento Tecnológico, Beatriz de Almeida, o coworking representa um impulso para a nova geração de empreendedores que possuem ideias ainda arquivadas. Segundo a secretária, que também é professora de universidade, há muitos estudantes com projetos interessantes e úteis, que acabam não tendo continuidade por falta de contatos, de uma equipe e, claro, de recursos financeiros.
Isabela Carvalho é uma estudante que já aproveitou o lançamento do coworking para dar seguimento à sua startup (empresa cuja proposta é inovadora). O trabalho desenvolvido pela estudante do 8º período de administração da Universidade de Juiz de Fora (UFJF) tem por objetivo facilitar o consumo de produtos e serviços da área da beleza em Valadares e região. Então, por meio de uma análise de perfil do consumidor, o sistema se encarrega de indicar o profissional que melhor o atenderá ou o kit de cosméticos que se encaixa em sua necessidade.
Quem também já garantiu sua candidatura a uma das cadeiras do coworking é a Victória Andrade, que está na reta final da graduação em administração. A estudante atua na área de prestação de suporte a sites. Ela escolheu o espaço para trabalhar com o que já é habituada e, quem sabe, contribuir nos serviços de inovação. “Fazer um pouco de network [contatos profissionais] também”, comenta.
Quanto ao ambiente, Victória Andrade ressalta: “É muito bom a gente ter um espaço assim, para ter contato com outras pessoas, principalmente quem está começando agora uma empresa. Porque aqui você não tem nenhum custo, né? É só chegar aqui com seu equipamento e utilizar. Tem a internet, a água, toda a estrutura funcional para poder começar o seu negócio” .
“Incubação” e aceleração de projetos
A secretária e professora Beatriz de Almeida explica que o coworking pode selecionar uma ideia, ainda que em seu estágio inicial. A esse caso, especificamente, dá-se o nome de “incubação”, fazendo alusão justamente ao período em que o bebê prematuro passa durante o processo de amadurecimento.
Ela ainda reforça que acredita no potencial de Valadares para a fluidez do coworking, bem como nas oportunidades de evolução, aceleração, elaboração de novos projetos e formação de sociedades: “A forma de trabalhar mudou muito com a pandemia também. A grande tendência é você ter um espaço para trabalho compartilhado. Você pode trabalhar, às vezes, em casa, trabalhar naquele local e ter uma rede network. A gente sentiu a necessidade, no Parque Tecnológico, de abrir esse espaço, um coworking público para as startups de Valadares”.
O local possui 32 espaços e 18 vagas já foram preenchidas. Se você tem interesse em ser um usuário do coworking, faça seu cadastro por meio do formulário eletrônico, no site da Prefeitura.