O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou os dados da pesquisa mensal de Evolução do Emprego, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No mês de dezembro, Governador Valadares ficou na 34ª posição entre as 110 cidades de Minas Gerais com mais de 30 mil habitantes, acumulando um mês negativo na geração de empregos. No total, foram 1.339 contratações e 1.708 demissões, fechando com déficit de 369 vagas de trabalho, queda de 0,77%. No ano de 2018, Valadares teve mais demissões do que contratações. Foram 18.499 admissões contra 19.268 desligamentos.
Para fazer o levantamento, o Caged considera o número de contratações e o de demissões no período analisado. Caso o número de contratações seja maior do que o de demissões, o saldo é positivo. Caso o número de demissões ultrapasse o de admissões, o saldo é negativo. Em virtude das festividades de natal, ano novo e pagamento do 13º, esperava-se um registro positivo na geração de empregos do mês de dezembro até o início de janeiro. Porém, o cenário provocou a queda nas vagas de empregos no município, principalmente de temporários. De acordo com o levantamento do Caged, o setor comercial foi o único que fechou com saldo positivo. Foram 673 contratados contra 598 demitidos, um saldo de 75 novos cargos. Já o setor de serviços fechou o mês com saldo negativo: teve 452 admissões contra 778 demissões, um déficit de 316 postos de trabalho. No setor agropecuário, 29 contratações contra 30 desligamentos, fechando o mês com uma vaga. O setor da indústria de transformação passa por um péssimo momento: admitiu 96, mas demitiu 147, resultando em um saldo negativo de 57 vagas. A construção civil também não vive em boa fase: 86 contratados perante 164 desligados, fechando dezembro com menos 78 vagas. Os setores de extrativismo mineral e administração pública manteve o número de cargos.
No ranking na geração de empregos nas regiões Vale do Aço e Vale Rio Doce, Governador Valadares ficou atrás de cidades como Ipatinga, que somou 2.307 vagas de saldo, Caratinga, com 812 vagas, e Guanhães, que terminou o ano com 224 postos de trabalho. Entre as cidades-polo das sete microrregiões, Valadares foi a cidade que mais fechou vagas de trabalho, com menos 769 postos, seguida por Aimorés, 36; Peçanha, 28; e Mantena, com 26.
Em dezembro de 2018, segundo os dados do Caged, foram demitidos 142.853 empregados celetistas em Minas Gerais e contratados 104.092, queda de 38.761. No Estado, somente o setor comercial impulsionou os resultados, com 32.581 admissões e 29.346 demissões, saldo de 3.217 vagas. No ranking nacional, Minas Gerais se encontra na 17ª posição entre os 27 estados.
Falta de informação
A falta de oportunidades de trabalho não se limita apenas ao cenário caótico financeiro em que Governador Valadares se encontra. A falha também se atribui à falta de informação sobre postos de trabalho em aberto. Desde que encerrou as atividades em Valadares, o Sistema Nacional de Empregos (SINE) transferiu para a Unidade de Atendimento Integrado (UAI) os serviços de cadastramento de currículos e preenchimento de vagas. Os interessados deverão comparecer à UAI portando RG, CPF, carteira de trabalho e currículo. A Unidade fica na avenida Raimundo Monteiro Rezende, 330, Centro, anexa à Faculdade Pitágoras. Mais informações pelo telefone (33) 3212-8200.
por Eduardo Lima | eduardolima.drd@gmail.com